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Sessão de S, 11,. 12 e 13 de Abril de

Já se esqueceram das afrontas dirigidas a individualidades que todos devíamos respeitar, corno ao Sr. Afonso Costa, no momento em que vi tília de honrar o sou país lá fora, a quem vandalesca-uiente destruíram a casa, arrebanharam os haveres e privaram da liberdade, enclausurando-o numa fortaleza; dos assassinatos cometidos à má cara e a sangue frio, à luz clara do dia; das torturas infligidas aos desgraçados que pejavam os antros lúgubres do Éden, do Aljube, do S. Juliao. das casas-matas dos fortes e das enxovias perniciosas do governo civil; dos roubos e das perseguições que enfer-rctaram a honra portuguesa e de tal ordem que é impossível lavá-la do sangue e pus que nela verteram as mãos criminosas que em dia aziago invadiram o solo pátrio. (Apoiados}.

Nem sequer se recordam dessa campanha miserável feita contra este Parlamento por aqueles que o desejam tomar de .assalto ou se sentem insignificantes, sob os pontos de vista moral e mental, para poderem ombrear com os seus elementos, que tem malsinado e confundido e criado uma opinião errónea nas camadas populares.

Vejam, por exemplo, um impresso profusamente distribuído em nome duma celebrada agremiação incolor, A Cruzada Nurí Alvares, cujos fins não conheço, mas cujos meios compreendo, que tem a audácia de, no momento em quo reclama a amnistia que só esta Câmara lhe pode facultar.^ afirmar que não confia no Parlamento.

É uma afronta lançada a todos nós e que por mim, e em nome dura bloco do Deputados pertencentes a várias facções políticas, repilo altivamente, porque nela vejo somente a arremetida do jesuíta de casaca que naqueles meandros se encobre para o golpe de estrangulamento à Bc-pública.

Apresentados factos palpitantes que deviam conservar-se nítidos na memória dos presentes, feitos os reparos necessários e dado o grito de alarme àqueles que quiserem demonstrar a energia e iiioue-brantabilidade def ó republicana, em nome da multidão anónima que vai sempre na vanguarda para a defesa do regime, representando os perseguidos e sacrificados quo lá fora vertem a esta hora lágrimas de revolta e de vergonha perante1 os cê

crime, termino, protestando de novo contra a discussão do projecto patente ria ordem dos trabalhos, ao qual nego o meu voto para mo dignificar como político e para me honrar como lutador. Tenho dito.

O Sr. António Granjo : — A questão da amnistia é essencialmente uma questão política. Como tal a tem tratado sempre o Partido Liberal.

Repetidas vezes, pela minha boca e pela boca de outros parlamentares liberais, lembrando especialmente o Sr. Brito Camacho, foi dito que o voto de amnistia, por parte do Partido Eepublicano Liberal, estava condicionado à oportunidade, entendendo que era ao Governo quem competia fazer á declaração expressa dela.

Se a minoria liberal rejeitou a questão prévia, apresentada pelo Sr. Cunha Leal, não foi porque estivesse essencialmente em discordância com a matéria dessa questão provia.

Em todas os regimes se pode dar a amnistia e num regime democrático mais do que em nenhum. <_ conservar='conservar' à='à' a='a' os='os' monárquicos.='monárquicos.' haver='haver' p='p' indefinidamente='indefinidamente' se='se' cárceres='cárceres' nos='nos' ficará='ficará' para='para' pode='pode' perigo='perigo' mal='mal' q.ue='q.ue' república='república'>

Su já tive ocasião de declarar, por parte do Governo, que nenhum perigo podia advir para a República o dar-se a amnistia; a oportunidade é quo então não ora/ boa.

E certo quo não considerei oportuna a amnistia quando estivo no poder, pois vi quo então ela iria dividir a família republicana, mas ato este momento nenhum acontecimento se produziu na sociedade portuguesa que pudesse influir no espírito do actual Governo para que a amnistia não seja um facto.

O Governo entende, e muito bem, que se devo comemorar este dia em que sã presta homenagem aos Soldados Desconhecidos da Grande Guerra. Agora sim, mais do que por ocasião do armistício, se pode conceder a amnistia.

; Que mo importa a miin, Sr. Presidenta, que o chefe da minoria monárquica do Parlamento dczembrista se tivesse oposto, em qualquer ocasião, à concessão de uma amnistia?