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tiessãò dê 8, li, 12 e 13 'dê Mril de 1921

chamam ao* republicanos que a concessão da amnistia defenderam o vão votar.

A tanto 118,0 me arrasta felizmente a paixão política.

Não lhes chamo traidores, nias coili inteira verdade lhes chamo confiados, inocentes e ingénuos, duma inocência, duma ingenuidade, que se não compadecem facilmente com as suas pesadas e gravíssimas responsabilidades.

Ainda há bem poucos meses, Sr. Presidente, daquelas mesmas bancadas ouvi afirmar que a amnistia não era oportuna e que ela trazia consigo o indiscutível inconveniente de dividir a família republicana.

Sr. Presidente:

Não que eu treina pela segurança das instituições republicanas; não. Demais sei eu que os monárquicos nada podem contra a sua existência.

Todos os comandos e todas as situações de destaque e vantagem política estiveram nas suas mãos e todos sabemos o desastrado fim da sua última séria tentativa.

Há que atender, porém, à sua obra de constante e teimosa perturbação da ordem pública.

Essa obra de maldade, e, durante a guerra, acentuadamente anti-patriótica, ó cedo para que se esqueça e absolutamente necessário ó que se não repita.

^ Tal objectivo conseguiremos votando mais uma amnistia?

Estou firmemente convencido de que não.

Oxalá, contudo, que seja eu quem se engane, e que sejam os senhores da direita que acertem.

Estranha oportunidade esta de agora. Estranha por todos os motivos.

(j Onde a foram encontrar?

£ Que circunstâncias a trouxeram, im-pondo-a aos nossos votos?

Possível é, Sr. Presidente, quem sabe? Possível é que ela aí tenha surgido, em milagrosa aparição, talvez debaixo do sagrado e dourado pál;o de alguma dessas muitas procissões católicas que se estão agora realizando, com desusada frequência, em quási todas as terras do País.

Os republicanos andam a garantir-se o céu o muitos, pelo qite li, sei, e ainda on-

tem com certa tristeza presenciei, já estão, contritos e penitenciados, nu graça divina de Deus!

Quem' os viil e quem os vê! • Como são tristes e desalentados os sorrisos do piedade que nos provocam, quando em reverências se curvam ante os príncipes da igreja, solenes nas suas aristocráticas casacas, já esmaltadas à farta de crachás e condecorações.

Quem os ouviu, o qUem os vê agora, alegres comendadores de barrete frígio, salpicados de veneras!

Causam-me riso, repito, e nem podem dispor do direito de se melindrarem comigo, porque foram eles próprios que me ensinaram a troçar e à rir dos preconceitos religiosos, das fachas, dos colares e das comendas.

Más deixemos em paz os nossos tristes ridículos e reatemos as nossas considerações sobre a amnistia.

Nego a sua oportunidade, e nego-à principalmente era resposta àqueles que SB referiram, procurando justificá-la, ad sagrado depósito dos gloriosos restos dos soldados desconhecidos quo actualmente guardamos'no átrio do Congresso.

Não o não, insisto. Não porque o sacrifício generoso o belo dos portugueses que se bateram pela honra de todos nós e que esses abençoados despojos simbolizam, foi combatido sem tréguas, com tenacidade e rancor, por todos ou quási todos aqueles que nojo se vão amnistiar.

Mas não só combatida foi a acção patriótica desses homens, o que ainda se podia explicar à face do que eles erradamente afirmavam sei' o interesse nacional.

Mais do que isso fizeram criminosamente, esquecendo toda a idea da Pátria e das suas gloriosas tradições, porque igualmente a pretenderam diminuir, ames-quinhar e aviltar, fazendo todo o possível para a desonrarem cá dentro e lá fora.

Querem os defensores da amnistia, votando-a, dar aos nossos ilustres visitantes, Um frisante exemplo da magnanimidade «'^norosa dos nossos sentimentos?