O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

74

Diário da Câmara dos Deputados

rara levantamentos populares ao obrigar a sua população a consumir a farinha de primeira. •

O que, segundo o meu critério, há a fazer neste momento é reduzir quanto possível a farinha de primeira e aumentar o preço da farinha de segunda, de forma a evitar que o Estado perca cada vez mais.

Eu não quero, Sr. Presidente, alongar--me em considerações para não roubar tempo à Câmara . . .

Vozes:—Fale, fale.

O Sr. Aboim Inglês: — Fale, fale. Eu tinha bastante empenho em ouvir V. Ex.íl acerca dos armazéns reguladores.

, O Orador: — Os armazéns reguladores ficaram a cargo de duas entidades: a Manutenção Militar e o Comissariado, agindo cada um para seu lado, sem a unidade de acção indispensável. Foi por isso que eu resolvi subordiná-los a uma direcção única.

Sr. Presidente: não sei que artigos foram comprados, nem se as compras se fizeram a tempo.

Não sei também se as receitas tom sido arrecadadas no Banco de Portugal. O que sei é que um dia o chefe da contabilidade requisitou fundos para compras, e eu respondi que não os facultaria sem saber como se haviam efectivado essas compras.

Depois saí do Ministério e não sei se essa explicação foi dada mas certamente foi.

Considero o Sr. Comissário dos Abastecimentos um funcionário trabalhador e honesto. (Apoiados). E possível que algumas vezes não tenha tido aquela absoluta serenidade que seria para desejar, mas não admirará que isso tenha sucedido, visto que. os mais ponderados e calmos também nem sempre, no desempenho daquele cargo, a tiveram.

O Comissariado dos Abastecimentos, tal qual está, não pode hoje manter-se, visto que as circunstâncias económicas têm sido modificadas.

Entendo que em política de abastecimentos se deve seguir o princípio que é preconizado poios navegantes no alto mar: molhar a vela conformo o vento sopre*

Há uma disposição que permite que o Comissariado requisite até 50 por cento da importação.

. [p artes.

Preguutou V. Ex.a porque aão se tabelou a carne . . .

Apartes.

A razão é simples: é porque se torna muito difícil tabelar um pró 3 u to desde que não saibamos . . .

O Sr. Presidente: —Peço a V. Ex.a que se dirija para a Presidência.

O Orador:—Peço a V. Ex.a que não veja neste meu acto o mais pequeno propósito de desconsiderar a Ex.ma Mesa, mas é que para responder a.os apartes que me são dirigidos pelos Srs. Deputados que só encontram atrás de ruim é muito difícil manter-me vohndo para V- Ex.a

Sr. Presidente: como já tive ocasião de dizer nunca fui partidário do regime de tabelamento.

Aparte que não se ouviu.

O Orador: — A razão do tabelamento do azeito foi a seguinte: o nieu ilustre antecessor nomeou uma comissão para fazer o tabelamento do azeito, exactamente por causa da alta pavoíosa quo estava tendo esse produto.

Aparte que não se ouviu.

O Orador: - - Só tenho conseguido lançar o decreto das oleaginosas ao mesmo tempo que o do azeite, tinha o mercado abastecido de azeite.

Trocam-se apartes.

O Orador: — Procurava defender tanto quanto possível as classes médiaSj que são as mais sacrificadas.

O Sr. Ferreira da Rocha (interrompendo]— V. Ex.a compreende que-, se esses homens tivessem essas qualidades, não iam ser empregados do Estado, mas sim, iam comerciar por sua conta.