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de 8, H, 12 e 13 de Abril de 1921

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tentes, homens que deram já as suas provas o alguns deles mesmo duraute a guerra, para estudar a actual situação dos abastecimentos e procurar preparar o regresso deste regime, .que eu sempre combati, com. que me encontrei, mas que não quero que se mantenha, porque o julgo um regime de guerra, ao regime normal, mas sem precipitações.

Já vêem, pois, V. Ex.as que mão têm razão para estar inquietos, uma vez que toiuoi a iniciativa de proceder à transformação do actual regime, criando um outro em que se visam principalmente dois fias: nino determinar com a coacção; outro o de pôr termo à dissipação.

Efectivamente, não podemos ter um si s toma do abastecimento em que o Estado esteja constantemente a exercer sobro o País uma coacção intolerável.

Todos os dias a animosidade contra o Estado cresce por esse facto, criando em volta dele uma pesada atmosfera de antipatia que não aproveita ao País, nem à oHom social.

E exactamente com esse regime extremamente nocivo que eu pretendo acabar, quer em relação à nossa própria economia, quer em relação a países estranhos.

É já tempo de terminar com a política económica de guerra que se vem íazendo em Portugal: -guerra contra todos, nacionais e estrangeiros.

É preciso duma vez para sempre substituir a coacção do Estado pela normalidade das suas relações com as forças vivas da Nação.

(jQuere isto significar que eu vá à liberdade ampla de comércio ?-.

Nap; eu quero a liberdade do comércio, mas a liberdado regulada pela lei para que se não cometam desmandos, para que as lutas' se moderem. Hoje, é esse o intuito de toda a política econó mica verdadeiramente democrática.

Espero alcançar o meu objectivo, com o concurso de todos, é claro, intervindo, quando for necessário, em nome da lei e não arbitrariamente pela força, a não ser quando ela se torne absolutamente indispensável para manter o direito.

O outro regime que tenciono pôr de parte, ó, como já disse, o da dissipação. Nós não podemos continuar a viver num regime que salda sempre as suas contas

com um déficit para o Estado, cada dia mais assustador.

Outras nações atravessam, como nós, unia crise idêntica; mas elas dão-nos já hoje um exemplo que seria conveniente seguir. E necessário fazer com que o Estado deixe de perder em todas as suas transacções em matéria de abastecimento, e que sobretudo não esteja a perder em proveito de todos: ricos e pobres.

O que está, naturalmente, indicado é fazer-se o que, recentemente, fez a França: perder em proveito dos pobres, organizando a assistência. Isso compreendo eu.

& Quando o preço não é acessível aos pobres, o que ó que o Estado deve fazer?

Organizar a assistência para que as classes proletárias possam viver.

Sr. Presidente: estou habituado de muito novo, às acumulações.

Sempre estimei acumular a colaboração de todos quantos se dedicam aos assuntos a que eu tenho de ocupar-me. £ Porque? Porque eu nunca, em geral, quis resolver qualquer cousa só por mini. Os homens públicos nunca devem ter a vaidade de resolverem os assuntos de que tratam apenas pela sua acção.

O dom dos homens públicos é a sua capacidade de conquistarem colaboração. Eu tenho, efectivamente, procurado sem-pje. cercar-mo dos homens competentes. E assim que tenho acumulado. Creio que não poderão censurar esta acumulação, nem referirem-se a ela em sentido depreciativo para mim — e estou certo que o não é — porque eu tenho procurado servir o pais, trazendo à vida pública a acção de homens que efectivamente alguma cousa de útil podem fazer a favor da República e da Nação.

Sr. Presidente: no estudo que estou fazendo da questão dos abastecimentos tenho dois intuitos:

Acabar com o regime das coacções, e. acabar com os dejicits dissipadores.

Ao mesmo tempo não deixo de pedir contas. Desde a primeira hora, e ao procurar inteirar-mo dos negócios do Ministério da'Agricultura, as pedi. Portanto, eu quero também que só laça uma rigorosa contabilidade.