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Quanto ao desejo de V. Ex.a de que o Sr. jSffinistro 4o Trabalho compareça nesta Câmara para se poder ocupar da questão ffos Bairros Sociais, eu o transmitirei.

A sessão continua amanhã às 14 Jioras.

Está interrompida a sessão.

Eram ÍQ horas.

QUARTA PARTE

O Sr. Presidente: — Está reaberta a sessão.

Eram 1õ horas e 50 minutos.

O Sr- Aboim Inglês: — Sr. Presidente: serei breve; mas, antes de mais nada, direi que lamento que S. Ex.;l", o Sr. Ministro da Agricultura não nos tivesse dado a honra de responder às considerações e às preguntas que lhe fizemos.

Ouvi, Sr. Presidente, S. Ex.a com a atenção devida, e se antes de ouvir S. Ex.a eu era de opinião que as autorizaçpes pedidas iam a}éin de tudo quanto até aqui se tem pedido em matéria de autorizações, depois de ouvir S. Ex.a, ou pão.fiquei elucidado sobre a orientação que S. Ex.a quere seguir depois de ter essas autpriza-

Não me assustam tais autorizações, por isso que sei que, da mesma forma como elas se dão, podemos no Parlamento pedir contas da maneira como elas foram executadas; mas, Sr. Presidente, nós não falamos aqui uns para os outros; as nossas palavras têui de ser ouvidas pela Nação e interessante para a Nação seria que as declarações de S. Ex.1"1 fossem concretas neste momento, para bem das futu-colheitas.

As declarações do Sr. Ministro da Agricultura tinham uma alta importância, principalmente neste momento, em que nós estamos assistindo ao retra/irnento enorme que a agricultura pstá fazendo nas suas lavouras, aumentando muitíssimo os dcficits cerealíferos, deficits esses que poderiam ainda ser diminuídos se a agricultura tivesse a certeza de serem punidas, as violências que se têm feito por esse Alentejo fora.

Lamento, pois, e .dp fundo da alma, que o Sr. Ministro da Agricultura não tivesse querido assuniir a responsabilidade de dizer se estava ou não ao lado do comissá,-

Diârio da, Câmara do» Bepufa$a»

rio dos abastecimentos, para se saber se se repetiriam ou Dão as violências que se têm feito por esse país fora.

O Sr. Presidente do Ministério, Ministro do Interior e, interino da Agricultura

(Bernardino Machado): — }£u já disse à Câmara que nã'o concordo com o regime que se está seguindo e que es:;qu no propósito do acabar com os abusos que se têm praticado.

O Qrador ; — V. Ex.a p contrário a este regime, porque se vê que as violências que se têm praticado foram feitas sem sua ordem; porém, o que ó um facto ó que se tem feito, devido a este regime de violências, sementeiras de cevada e de fava em terrenos que podiam dar trigo, pois que, ter trigp hoje eni cjisa é quási o mesmo que ter dinamite, motivo do procedimento tomado pelo Comissário 'dos Abastecimentos.

O meu desejo é que V. Ex.a fosse concreto nas suas declarações, isto para bem da Câmara e çla Nação.

O Sr. Presidente do Ministério, Ministro do Interior e, interino, da Agricultura (Bernardino Machado): — O que V. Ex.:x compreende é que esses inconvenientes se não podem evitar completamente de um momento para o outro; mas espero evitá-los com a mudança do regime.

O Pradqr: — Eu, Sr. Presidente, ouvi o Sr. Ministro da Agricultura falar num inquérito que mandou fazer e duma comissão que nomeara para estudar um novo regime; porém, o que nós não podemos é esperar pelos resultados desse inquérito, o bem assim pelos estudos da. cpmjssão que S. Ex.a nomeou.

Com essas delongas é que foi possível assistir às violências que se têm dado até hoje, sem que do Ministério da Agricultura saja nenhum remédio.

Teria muijo prazer em que S. Ex.a concretizasse mais as suas declarações, não por mini, mas para que, a Nação tenha conhecimento das suas intenções, e se possam remediar os erros em que se tem paído.

Disse S. Ex.a que não são por culpa do Coniissárip dos Abastecimentos.