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Diário da Câmara dós Deputados

ro de directores gerais deve ser nove e mais um adido.

Todos sabem, Sr. Presidente; o ,que se tem feito até hoje do arroz, tendo-se dado até o caso extravagante desse arroz ter saído mais caro do que aquele que foi importado do Oriente, sendo, além disso, muito ordinário, do muito' má qualidade.

Chegamos a um momento em que é preciso dizer toda a verdade ao País e de se acabar com esta mistificação, para bem da Pátria e da Eepública.

Não se compreende, Sr. Presidente, que neste momento, em que se pretende e devemfazer-se economias, se procurem criar mais direcções gerais com o seu pessoal respectivo.

Isto chega a ser um crime, e, sendo assim, nós não podemos de forma nenhuma manter este estado de cousas, porque isso seria um crime muito maior.

O nosso país, pelas suas condições hidráulicas especiais, ó essencialmente agrícola, podendo sor, conformo já tive ocasião de dizor, industrial, fortemente industrial ; porém, para podermos ser considerados como um país agrícola, necessário se torna que se siga unia orientação muito diversa daquela que se tem seguido até hoje, seguindo, só possível for, o exemplo da nossa vizinha Espanha, que tem seguido uma política ordenada e inteligente.

Sr. Presidente : a hora vai adiantada, e suponho mesmo que já se tem tomado muito tempo na discussão da generalidade do primeiro orçamento. Estamos a 18, e até 30 devem estar discutidos e aprovados nas duas casas do Parlamento os orçamentos das diversas pastas. • Não quero, pois, roubar mais tempo, mas devo dizer que é indispensável, doa a quem doer, fazer-se uma política de reais economias, aplicando o dinheiro naquilo que for justo e útil. Porém, aplicar o dinheiro por esta forma, e não ter a coragem de corrigir os seus males, é um crime de lesa pátria.

Tenho dito.

O discurso será publicado na íntegra^ revisto pelo orador, quando restituir^ revistas, as notas taguigráficàs ' que lhe foram enviadas.

Os «apartes» não foram revistos pelos olhadores que os fizeram.

O Sr. João Luís Ricardo: — Sr. Presidente : é manifestamente contrariado que entro na discussão deste orçamento, o por dois motivos.

Primeiro, porque não entendo que, faltando apenas vinte o cinco diíis aproveitáveis para a aprovação dos orçamentos nas duas casas do Parlamento, se siga este processo, que .nos faz prever que elos não serão votados nesse prazo.

Segundo, porque julgo preferível para a República que em 30 do Junho estejam aprovados uns maus orçamentos do que nenhuns.

Tencionava, Sr. Presidente, fular somente na especialidade, para explicar a razão por que tinha assinado o parecer da comissão do Orçamento son declarações.

assinei assim porque Mo concordo ein absoluto com a proposta de eliminação pela comissão apresentada, visto qtíe o Governo, por intermédio do Ministro da Agricultura, ainda não disse ao Parlamento qual . era o critério que ia seguir na questão de abastecimentos.

Como, porém, S. Ex.a não está presente, eu não me referirei a vários pontos de vista que tencionava apreciar.

Sr. Presidente: se o Governo declara que só vai entrar no regime de liberdade de comércio, eu entendo que se deve retirar toda a verba destinada à crise económica ; pelo contrário, se declara que continuamos no mesmo regime, então direi que baixá-la para 30:000 contos è o mesmo que dizer ao Ministro que esta Câmara votará todos os créditos extraordinários que para esse efeito lhe forem apresentados.

Estando inscrito - neste orçamento 00 mil contos, a comissão reduziu-os para 15 mil.

Os créditos eram do 80 mil contos.

O Sr. Maldonado de Freitas:—Sãocde 160 mil contos.

O Orador:—Nós atravessamos uma crise económica enorme, e o Sr. Ministro' não torn trazido ao Parlamento qualquer medida para atenuar a crise cambial.

Eu entendo que há .ainda verbas no Ministério da Agricultura que podem ser reduzidas.