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Sessão de 21 e 22 de Março de 1923
dos benéficos e apreciáveis. Declarava o Sr. Dawes que a referida reforma, no seu conjunto, havia logo feito baixar o montante total das despesas do governo federal de 4:550 milhões do dólares a 3:974 milhões.
Prosseguindo nessa política de economias, a grande República Norte-Americana apresentava as contas do ano financeiro de 1921-1922 com um superavit de 800 milhões de dólares.
A Inglaterra também, Sr. Presidente, fez desde muito esfôrços consideráveis para reduzir as suas despesas. Tendo o Govêrno Inglês intimado as repartições do Estado a deminuir as despesas dos seus respectivos orçamentos, em breve conseguia uma redução apreciável de 75 milhões de libras.
Como a opinião pública reclamasse. mais largo esfôrço neste sentido, o Sr. Lloyd George nomeava, em Agosto de 1921, uma comissão de grandes financeiros e industriais, presidida pelo antigo Ministro dos Transportes, Sr. Geddes, com latos poderes de inquérito, para propor as economias que fossem convenientes.
Esta comissão concluía os seus trabalhos em Fevereiro de 1922 e propunha reduções num montante de mais 86 milhões do libras; o Govêrno Britânico aceitava logo realizá-las até 60 milhões, prometendo ir mais longe no ano financeiro seguinte. Perseverantemente a Inglaterra tem continuado essa obra formidável e fecunda.
E interessante, Sr. Presidente, saber-se que o Sr. Geddes, entrevistado em Março de 1922 por um dos. redactores autorizados do grande jornal francês Le Matin, Sr. Stephane Lausanne, sôbre os trabalhos da aludida comissão e as esperanças que nutria, declarou o seguinte:
«Creio que triunfaremos; se não triunfarmos, faremos bancarrota».
Isto foi dito, Sr. Presidente, com respeito à Inglaterra, país que não se tem cansado, desde o armistício, de fazer o necessário para a restauração das suas finanças.
Com a guerra de 1914, a Inglaterra suportou uma colossal despesa. Nos primeiros doze meses o montante diário dela (com exclusão da realizada pelos domínios com os seus contingentes militares) foi de £ 1. 233:000. O Govêrno Inglês exigiu logo dos contribuintes, de todos os contribuintes, e mais das classes ricas, todos os sacrifícios possíveis. Recorreu mais aos impostos directos de que aos de consumo.
Para o fim do ano de 1914-1915, obteve £ 15. 000:000 além dos impostos existentes; e para o ano de 1915-1916, uma sobrecarga de £ 64. 000:000 e assim por diante.
No fim do ano financeiro de 1921-1922, segundo os elementos de informação constantes dum discurso do Sr. Robort Horne, Ministro das Finanças da Grã-Bretanha, pronunciado em l de Maio de 1922, na Câmara dos Comuns, as receitas foram de £ 1:124. 880. 000 e as despesas de £ 1. 079. 187. 000, tendo havido portanto um excedente de £ 43:693. 000, que foram aplicadas à redução da dívida pública.
Ainda na opinião do mesmo Sr. Horne, supõe-se que o ano financeiro de 1922-1923 fechará com um superavit de maior vulto.
A França, Sr. Presidente, não obstante as enormes dificuldades que a atormentam com o seu orçamento especial extraordinário de despesas recuperáveis, criado pela necessidade de promover a reconstituição das regiões devastadas em conta das reparações alemãs a receber, tem feito alguma cousa de importante para a deminuïção das suas despesas no orçamento ordinário.
Assim, na obra do relator do orçamento para 1923, Sr. Maurice Bokanowski, lêem-se, por exemplo, quanto à redução das despesas nos serviços civis os seguintes números: em 1920 essas despesas atingiam a cifra de 11. 377. 000. 000 de francos; em 1921 baixavam a francos 9. 938. 000. 000; em 1922 a 7. 035. 000. 000; para 1923 essas despesas estão avaliadas em 5. 799. 000. 000 francos.
O Sr. Lastayrie, Ministro das Finanças, num discurso pronunciado na Câmara dos Deputados do seu País, a 26 de Outubro de 1922, afirmou que até o primeiro dia dêsse mês haviam sido suprimidos, de facto, 36:902 funcionários.
Vê-se, Sr. Presidente, por êstes alguns rápidos exemplos, que os países que aspiram a sério à restauração das suas fi-