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Diário da Câmara dos Deputados
O Orador: — Se V. Ex.ª consentir, ficarei com a palavra reservada.
Foi lida e admitida na Mesa a moção do Sr. Pires Monteiro.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Havendo conhecimento na Mesa do falecimento dos antigos parlamentares Conde da Folgosa e Conde do Sabugosa, eu proponho que na acta da sessão do hoje se lance um voto de sentimento pela morte dêsses antigos parlamentares dando-se às famílias comunicação desta deliberação da Câmara.
O Sr. Morais Carvalho: — Sr. Presidente: pedi a palavra para dizer a V. Ex.ª que, em nome dêste lado da Câmara, me associo intimamente ao voto de sentimento e respectivas comunicações às famílias, que V. Ex.ª acaba de propor pelo falecimento dos antigos parlamentares os Srs. Conde da Folgosa e Conde de Sabugosa.
Sr. Presidente: quando desaparece uma figura tam distinta, como o era a do Conde de Sabugosa, é dever daqueles que ficam recordá-lo, procurando entre si contribuir e preencher, tanto quanto possível, o lugar que por êle era ocupado.
Sr. Presidente: herdeiro dum nome ilustre, o que honra a nossa historiai o Conde de Sabugosa soube honrar essas tradições.
Sr. Presidente: o Conde de Sabugosa era um grande fidalgo, sobretudo pela grandeza dos sentimentos que o caracterizavam, deixando uma viva saudade a todos aqueles que tiveram a honra de tratar com êle, pois a verdade é que para todos era duma grande amabilidade, uma figura superior aos olhos de todos, sendo para todos nós o seu passado um grande ensinamento.
O Conde de Sabugosa, Sr. Presidente, era uma grande inteligência; foi antigo parlamentar, e do grande merecimento, como o foram António Cândido e Conde de Arnoso, razão por que eu digo que a sua perda deve ser bastante sentida, e à ela se poderão associar fàcilmente os representantes de todos os lados da Câmara.
O Conde de Sabugosa, Sr. Presidente, mesmo nos momentos de luta política, foi aia verdade duma dedicação constante pelo rei, o que, para nós, monárquicos, não deve ser esquecido, visto que para nós, Sr. Presidente, o rei simboliza a Pátria. Sr. Presidente: a outra figura para a qual V. Ex.ª propôs também um voto de sentimento pela sua morte, merece também o nosso respeito, e bem assim todas as nossas homenagens.
Nestas condições. Sr. Presidente, eu associo-me com infinita saudade, e era nome da minoria monárquica, ao voto de sentimento proposto por V. Ex.ª
Tenho dito.
O Sr. Lino Neto: — Sr. Presidente: os Condes da Folgosa e de Sabugosa afirmaram-se na sociedade portuguesa dos últimos tempos como figuras de alto relevo.
Não há duvida, Sr. Presidente, de que êles, pela correcção do seu proceder, foram duas grandes figuras do nosso tempo, e, assim, eu não posso deixar de, em nome da, minoria, católica, descobrir-me com respeito, sentindo profundamente a sua morte e acompanhando a proposta de V. Ex.ª
Tenho dito.
O orador não reviu.
O Sr. Abílio Marçal: — Em nome da maioria desta Câmara, associo-me ao voto de sentimento — proposto pelo falecimento dos antigos parlamentares Srs. Conde 'de Sabugosa e Conde da Folgosa.
O Sr. Conde de Sabugosa foi mais do que parlamentar: era um homem de merecimento e de coração, e pela sua obra artística, de alto valor, é digno da homenagem que a Câmara lhe presta.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro da Instrução (João Camoesas): — Em nome do Govêrno, associo-me ao voto do sentimento proposto por V. Ex.ª pela morte dos Srs. Conde de Sabugosa e Conde da Folgosa.
A falta do Sr. Conde de Sabugosa no meio intelectual português pode ser permanentemente sentida por todos aqueles que prezam a cultura nacional. Tendo feito parte duma geração de alto valor, o Conde de Sabugosa, pela sua, obra e inteligência vasta, conseguiu ser igual aos de maior valor.
Bastava isto para que o Govêrno se