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Diário da Câmara aos Deputados
claro está que quando me refiro à imprensa, me não quero referir a todos os jornais.
O Sr. Ribeiro de Carvalho: — Essa insinuação de V. Ex.ª refere-se ao jornal que eu dirijo?
O Orador: — Não, senhor.
Há de facto, repito, alguns jornais que têm dito que há notas falsas em circulação, e é justamente contra essa campanha que eu protesto, apresentando a V. Ex.ªs o meu mais formal desmentido.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando, nestes termos, devolver as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
O Sr. António da Fonseca: — Eu pedi a palavra para declarar a V. Ex.ª que em. face do Regimento todos os Deputados que pediram a palavra para explicações têm de usar dela, não sendo necessário, a meu ver, V. Ex.ª consultar a Câmara.
É isto o que sempre se tem feito, e assim V. Ex.ª tem de dar a palavra a todos os Deputados que a pediram para explicações, visto que todos têm os mesmos direitos, pois que, a não se proceder assim, eu ver-me hei então na necessidade de pedir a V. Ex.ªs que consulte a Câmara sôbre se permite a generalização do debate.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Eu devo dizer a V. Ex.ª que se inscreveram cinco Srs. Deputados.
Três dêles pediram ùnicamente a palavra para explicações, não tendo os dois restantes pedido a palavra para êsse fim.
Os Srs. Deputados que estão de acôrdo em que se conceda a palavra a êsses Deputados, com prejuízo da ordem do dia, queiram levantar-se.
O Sr. António da Fonseca: — Nêsse caso, peço a V. Ex.ª que consulte a Câmara sôbre se permite que o debate seja generalizado.
O Sr. Presidente: — Os Srs. Deputados que aprovam o requerimento feito pelo Sf. António da Fonseca, queiram levantar-se.
Estão de pé 27 Srs. Deputados e sentados 32. Está rejeitado.
O Sr. Hermano de Medeiros: — Requeiro a contraprova e invoco é § 2.º do artigo 116.º
O Sr. Presidente: — Os Srs. Deputados que rejeitam o requerimento feito pelo Sr. António da Fonseca, queiram levantar-se.
Está rejeitado.
O Sr. Presidente: — Vai entrar-se na ordem do dia.
Vozes: — Não pode ser. Não pode ser.
Grande sussurro.
Àpartes.
O Sr. Cunha Leal: — V. Ex.ª mesmo declarou que não precisava consultar a Câmara a, fim de nos dar a palavra para explicações.
Apoiados.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — Mas em virtude da deliberação da Câmara tem de se passar à ordem do dia.
S. Ex.ª não reviu.
O Sr. Ribeiro de Carvalho (para invocar o Regimento): — Chamo a atenção de V. Ex.ª para o § único do artigo 53.º do Regimento.
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — V. Ex.ª dá-me licença?
O artigo citado acrescenta as palavras a seu tempo.
S. Ex.ª não reviu.
O Sr. Ribeiro de Carvalho: — A seu tempo, é agora.
Quando é que V. Ex.ª quer que me sejam dadas as explicações que pedi?
Depois de o Sr. Ministro das Finanças se ausentar?
O orador não reviu.
O Sr. Presidente: — O Sr. Ministro das Finanças acaba de dizer que não sai da sala.
Àpartes.