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Sessão de 22 de Outubro de 1923
O Sr. Jorge Nunes (interrompendo): — V. Ex.ª s sabe só essas ordens foram assim cumpridas?
Àpartes.
O Orador: — As ordens que dei foram essas, e só dessas sou responsável.
Dei ordem para que não se seguisse caminho que mio fôsse legal.
Recebi informações de que o Banco de Portugal tomara atitudes que não eram conforme as minhas indicações, e a todos eu pedi para que concretizassem as suas afirmativas, porque concretizadas elas, eu mandaria proceder a um inquérito; não houve todavia alguém que tomasse essa responsabilidade.
Sr. Presidente: sôbre êste assunto eu teria de fazer ainda algumas considerações, mas, como creio ter respondido cabalmente ao ilustre Deputado Sr. Jorge Nunes, eu termino, reservando-me para dar mais completas explicações durante a discussão das propostas que estão dadas para ordem do dia.
Tenho dito.
O discurso será publicado na íntegra, revisto pelo orador, quando restituir, nestes termos, as notas taquigráficas que lhe foram enviadas.
Os àpartes não foram revistos pelos oradores que os fizeram.
O Sr. Presidente: — Sôbre o assunto levantado pelo Sr. Jorge Nunes inscreveram-se vários oradores; como porém são horas de se passar à ordem do dia, eu vou consultar a Câmara sôbre se permite que os Srs. Deputados que se inscreveram usem da palavra.
O Sr. Almeida Ribeiro: — A ordem do dia, além do último artigo da proposta dos tabacos apresentado pelo Sr. António da Fonseca, inclui logo a seguir as propostas do Sr. Ministro das Finanças.
Ora S. Ex.ª declarou há pouco que, durante a discussão dessas propostas, daria à Câmara inteiras explicações e completos esclarecimentos acêrca da circulação fiduciária.
Nestas circunstâncias, quere-me parecer que qualquer discussão do assunto, neste momento, prejudicaria inutilmente a apreciação das propostas de finanças.
Melhor cabimento teria durante essa apreciação.
Vozes da direita: — Não apoiado!
O orador não reviu.
O Sr. Cunha Leal: — Parece que o Sr. Almeida Ribeiro não prestou ao Sr. Ministro das Finanças a devida atenção, porque, se S. Ex.ª lha tivesse prestado, teria notado as insinuações que foram dirigidas aos Deputados que usaram da palavra e reconheceria agora a êsses mesmos Deputados o direito de usar da palavra.
Muitos apoiados.
O orador não reviu.
O Sr. Carvalho da Silva: — Nós não podemos deixar de responder às insinuações que nos foram feitas pelo Sr. Ministro das Finanças.
O Regimento desta Câmara reconhecemos êsse direito, e V. Ex.ª, Sr. Presidente, não pode deixar de cumprir o Regimento.
Apoiados.
O orador não reviu.
O Sr. Ribeiro de Carvalho: — O Sr. Almeida Ribeiro, ilustre leader da maioria, decerto não ouviu o Sr. Ministro das Finanças.
O Sr. Ministro das Finanças fez insinuações que não podem ficar sem resposta.
S. Ex.ª não se referiu apenas ao que se passa nesta casa; referiu-se também a campanhas da imprensa.
Como jornalista, eu creio ter o direito de exigir que as palavras de S. Ex.ª sejam esclarecidas.
O orador não reviu.
O Sr. Ministro das finanças (Velhinho Correia): — E com surpresa que ou vejo a tempestade que se levantou em volta das minhas palavras.
Eu declaro terminantemente que não fiz, nem tenho de fazer insinuações.
O que ou disse foi que certa imprensa, a propósito de preguntas que me foram dirigidas nesta Câmara, tinha produzido afirmações tendentes a provar que havia notas falsas em circulação.
Não há tal notas falsas em circulação.
É isto o que se diz na imprensa, isto é, de que há notas falsas em circulação e