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12 Diário da Câmara dos Deputados

uma emenda feita à pressa, e em segundo lugar que estou convencido de que S. Exa. não leu. Não se proíbe ao magistrado que declare o seu voto, mas o que não poderá fazer e publicar o seu voto quando não tenha o assentamento dos outros votantes, porque êste poderia ser prejudicial à justiça.

É isto que visa o projecto que não desprestigia ninguém.

Tenho dito.

O orador não reviu.

ORDEM DO DIA

Foi aprovada a acta.

O Sr. Presidente: - Vai votar-se uma, autorização o ataque os Srs. Cunha Leal, Vasco Borges de Carvalho da Silva possam comparecer no 2.° juízo de instrução, criminal, a fim de deporem.

O Sr. Presidente: - Está aprovado.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: - Requeiro á contraprova, e invoco o § 2.° do artigo 116.º do Regimento.

Procedeu-se à contraprova.

O Sr. Presidente: - Estão de pé 2 Srs. Deputados e sentados 55.

Está aprovado.

O Sr. Carvalho da Silva (para interrogar a Mesa): - Peço a V. Exa. que me informe sôbre se já foi publicado no Diário do Govêrno o projecto do Sr. Vitorino Guimarães, pois consta-me pelos jornais que S. Exa. o deseja retirar Talvez a informação não seja certa; mas como S. Exa. está presente êle informará a Câmara.

O Sr. Presidente: - Já foi para a Imprensa.

O Sr. Carlos Pereira deseja tratar em negócio urgente das acusações feitas ao Sr. Ministro da Agricultara no relatório da Companhia União Fabril.

O Sr. Presidente: - Vai votasse o requerimento do Sr. Carlos Pereira.

Foi rejeitado.

O Sr. Alberto Jordão: - Reqneiro a contraprova.

Repetida a votação, foi aprovado.

O Sr. Carlos Pereira: - Sr. Presidente: pareecu-me que o ilustre leader do Partido Democrático não estava de acordo em que eu aqui tratasse do caso a que me referi dá Companhia União Fabril, e do que se encontra escrito no seu relatório,, que é um documento oficial.

O Sr. Almeida Ribeiro: (interrompendo): - Não diga! V. Exa. uma tal cousa.

Àpartes.

O Orador: - Êsse relatório publica-se no Diário do Govêrno por uma disposição legal; e por isso digo que é oficial.

Àpartes.

Êsse relatório diz que um Ministro da República publicou um decreto para criação de determinado fundo que favorecia os interêsses de determinada companhia, e que êsse Ministro, que era o da Agricultura, favorecia os amigos e pessoas de sua simpatia na distribuição de fosfatos. Acrescenta ainda que tudo se fazia com aprazimento dêsse Ministro que protegia os negócios e entendimentos, dessas criaturas, faltando só dizer que os compartilhava.

Sr. Presidente: o caso é grave em si e bastante para que um Deputado faça em negócio urgente as devidas preguntas a êsse respeito, tornando possível a necessária defesa e acabando com uma complacência que os Srs. Ministros têm tido, mas que a não teve, o Govêrno Francês para com o Sr. Alfredo da Silva,'que há poucos dias pôs na fronteira.

Não sabemos os motivos por que a Companhia União Fabril chama. imbecis a certas entidades; mas o que é certo é que nesse relatório vêm causas extraordinárias, dizendo que o Sr. Ministro da Agricultura só proibiu a exportação de sementes oleaginosas.

Àpartes.

Desejo também fazer uma pregunta ao Sr. Ministro do Comércio, pois que S. Exa. è visado num jornal da capital por ter praticado actos que têm um aspecto político a considerar.

Afirma-se que, o Sr. Ministro do Comércio vai galardoar, funcionários dos Caminhos de Ferro do Estado, reintegrando-os nos seus lugares, quando é certo que foram julgados por conspiradores.

Parece-me que não é possível que S.