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10 Diário da Câmara dos Deputados

No que toca, por exemplo ao campo médico é o próprio Estado que paga a módicos para garantir assistência sem ser só a indigentes.

Mas, pondo isto do lado, o facto é que o Sr, Schiappa, indignado com a forma por que era tratado, pediu e obteve a revisão do seu contrato.

Pois apesar disso que devia matar a questão, concluíram contra êles como quiseram e o governador interino, que devia manter-se imparcial, pôs-se ao lado dos inimigos do engenheiro por uma forma que não tem justificação.

Sem se importar com a dignidade do funcionário, que é portuguôs e tem no braço uns galões quási tam largos como os seus, apenas dourados pelo mérito de pertencer a uma arina de distinção, como é a engenharia, manda publicar a conclusão do Boletim Oficial, agravando-a com a tradução em chinos e onde a palavra negligência é substituída (eu devo dizer que esta afirmação a faço por informação que julgo fidedigna) por irregularidade.

O Sr, Mariano Martins (interrompendo): - E que o Boletim Oficial de Macau deve vir em duas línguas.

O Orador: - Perdão! Era nenhum caso de processo disciplinar se fez isso.

Faz-se para as leis, regulamentos e anúncios,

O Sr. Sousa Rosa (em aparte): - Mesmo as repreensões não são publicadas.

O Orador: - Permita-me V. Exa., Sr. Presidente, que eu preste homenagem ao republicanismo do Sr. Mariano Martins. Quando S. Exa. nomeou êste funcionário, viu bem que havia muita dificuldade de encontrar quem ocupasse êsse cargo,

Talvez essa dificuldade não tivesse existido se fôsse consultado o governador efectivo.

Faço-lhe justiça.

Não queira, porém, S. Exa. B, por uma paixão de momento, defender certos actos indefensáveis que êste funcionário praticou.

O Sr. Mariano Martins: - Mas eu não o defendo!

Lá por ter sido nomeado por mim ...

O Sr. Presidente: -Previno o Sr. Deputado que faltam 5 minutos para entrarmos na ordem do dia.

O Orador: - Eu termino já. Estou certo, pois, que com as provas que acabo de demonstrar da incompetência administrativa e política dêsse funcionário, a Câmara e o espírito honestíssimo do Sr. Ministro das Colónias, que conhece, para mais, a situação particularmente melindrosa desta colónia, a necessidade de nos afirmarmos construtivos perante nações que ali nos estão a ver mais de perto como a China e a Inglaterra, me darão razão.

E depois disto, ainda que muitos outros factos pudesse referir, e posso, julgo que nada mais é preciso dizer para que esteja justificado o pedido que fiz para se suspender o julgamento e ver-se quem tinha razão.

Tenho dito.

O Sr. Ribeiro de Carvalho (para interrogar a Mesa): - Sr. Presidente: eu creio que a Câmara ontem votou que se discutisse hoje, antes da ordem do dia, entre outros, o projecto que diz respeito aos mutilados de guerra. Ora nós temos estado a gastar o tempo com cousas, que serão muito interessantes, mas não tanto como êsse importante assunto dos mutilados.

Nestas condições, eu pregunto a V. Exa. se o projecto relativo aos mutilados é o primeiro a entrar em discussão agora.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Eu respondo a V. Exa.

Não o pus à discussão na devida altura porque há pouco não havia ainda número para votações.

Assim fui dando a palavra aos oradores inscritos para tratar do outros assuntos.

O Sr. Rodrigo Rodrigues alongou as suas considerações por autorização expressa da Câmara.

S. Exa. não reviu.

O Sr. Cancela de Abreu (para interrogar a Mesa): - Sr. Presidente: desde que V. Exa. não fez qualquer votação na Câmara, para que o Sr. Rodrigo Rodri-