O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

12 Diário da Câmara dos Deputados

elevação com que tem sabido honrar os anteriores lugares que tem ocupado.

Na pasta da Marinha está o Sr. Pereira da Silva.

Não é preciso, nesta Câmara, fazer o elogio dêsse distinto oficial, que através de vários Ministérios tem provado bom qual é o seu estudo e dedicação pela arma de que honrosamente faz parte.

Todos sabem como S. Exa. tem procurado estabelecer e aperfeiçoar a instrução e fazer com que os poucos barcos de que dispomos possam dar o devido tirocínio no mar aos oficiais e marinheiros.

E ainda há pouco a Câmara teve ocasião de lho manifestar toda a sua admiração pelo estudo, persistência e forma brilhante como S. Exa. trabalha.

Infelizmente, Sr. Presidente, circunstâncias familiares o impedem de estar aqui presente nesta apresentação.

A pasta das Finanças está entregue a um velho republicano, o Sr. Lima Basto, que a Câmara toda conhece, por já ter passado por aquelas cadeiras e por já ter dado muitas provas da sua inteligência o da maneira como estuda os assuntos e os problemas que lhe são confiados, sendo, portanto, uma garantia de que os assuntos referentes àquela pasta hão-de ser tratados com muito boa vontade e inteligência.

Na da Justiça encontra-se um homem que ô extraordinariamente modesto, mas que o Congresso lhe vota a maior consideração e respeito, o Sr. Augusto Monteiro, havendo, portanto, muito a esperar da sua inteligência e vastos conhecimentos que tem do assunto.

Na pasta do Interior encontra-se o Sr. Germano Martins, que pela primeira vez, vem ocupar as cadeiras do Poder.

É um velho republicano, havendo muito a esperar da sua inteligência e boa vontade.

Estou absolutamente convencido, Sr. Presidente, que a entrada do Sr. Germano Martins para a pasta do Interior é uma prova manifesta da boa organização dêste Ministério, não tendo havido complicações, pois estou certo de que S. Exa.a na gerência da sua pasta, há-de procurar, como sempre o tem feito, servir o melhor possível a República sem estabelecer discórdias.

Como Presidente do Govêrno e gerindo a pasta da Guerra está o ilustre homem público Sr. António Maria da Silva.

Desculpe-me V. Exa. que eu tenha fugido talvez às praxes seguidas, não começando por me referir ao Chefe do Govêrno.

O Sr. Cunha Leal (interrompendo): - Os últimos serão os primeiros, Sr. Rodrigues Gaspar.

O Orador: - V. Exa., como engenheiro que é, não se deve admirar que eu tenha deixado para o fim as referências que tenho a fazer ao Sr. Presidente do Ministério, pois a verdade é que a maior estabilidade é da base para o vértice e não do vértice para a base.

Como eu ia dizendo: à testa do Govêrno encontro um homem público sobejamente conhecido e que tem desempenhado aquele alto lugar por diversas vezes, mostrando a sua alta competência e o seu valor de homem do Estado.

O Sr. António Maria da Silva tem procurado em todas as emergências bem servir a Pátiia o a República ainda mesmo* com o risco da própria vida, para levantar bem alto o regime republicano.

Devemos prestar-lhe esta justiça; o homem que foi encarregado do formar Ministério é um homem a quem o País deve relevantes serviços.

Eu tive ocasião de acompanhar S, Exa. no seu último Ministério, e sei bem como deu as suas melhores provas não só da sua muita inteligência, bom senso e dedicação, pois do tal forma se desempenhou do seu cargo que a República viu que tinha na sua frente um homem do estado.

Várias vezes tem sido acusado, mas o que é necessário é prestar justiça a um homem que se propõe a bem servir o País e a República.

Como é da praxe, apresentou o Govêrno a sua declaração ministerial; e não era de esperar que trouxesse longos programas visto que estamos em vésperas de se1 encerrar o Parlamento e outros assuntos mais importantes devem preocupar a vida parlamentar.

Refiro-me, Sr. Presidente, à discussão e aprovação dos orçamentos.

Com muito prazer ouvi que a maioria nacionalista desejava discutir êsse diploma, pois a maioria democrática não pode