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Diário das Sessôe* do Senado

Era como se o iiavio saísse ao serviço do da Marinha, em viagem de instrução do pessoal.

Simplesmente,, para que a viagem se tornasse mais económica, além do cue se ganhava na carga, aproveitavam-se os alojamentos; que a tripulação pudesse dispensar — o não seriam poucos— para neles alojar os funcionários que deveriam seguir pare, as colónias.

Creio ter entendido o Sr. Ministro alvitrar que se poderia talvez fazer a promoção desses aspirantes a guardas-mari-nhas. sem que se lhes exigisse o tirocínio legal.

Isso seria um desastre ainda maior, uma vez que, como já afirmei, nãc fizeram ainda um único dia de navegação! Seria desairoso para eles e para nós se lhes fosse ciada a promoção sem que realizassem o tirocínio de três meses que a lei lhes exige. Nem pensar nisso é borr. Disse S. Ex.a que iriam talvez no Ada-mastor.

Mas quando? ,; O estado de obras desse, navio está já tam adiantado que permita que ele saia muito brevemente?

è Dispõe o Estado de tanto dinheiro que o possa consumir numa viagem de três meses só para tirocínio de aspirantes de marinha?

,j Gonsegjir-se há que o Adanmstor — se vier a sair — estacione pouco nos portos e passe o tempo navegando ijntre eles? Creio bem que não, e o que vni Depois resultar é quo, tendo-se perdido a oportunidade de conseguir que os aspirantes fizessem quatro ou cinco meses de navegação num navio que não faz outra cousa snnão navi-gar, se lhes vai dar quinzo dias ou um mês de viagem no Adamastor num tirocíeio incompleto -B cujo único pretexto está em que fará uns tiros de artilharia e pouco mais.

O Pedro Nunes não serviria apenas para que os aspirantes navegassem, embora isso .fosse o essencial e indispensável, mas porque,tem telegrafia sem fios, electricidacb e máquinas, também serviria para que eles pudessem praticar nestas 3 especialidades que também são precisas a oficiais de marinha.

Ficariam assim apenas para pratica;* m torpedos e artilharia o e.stuu conven-ido de que lhes não haveria «lê faltar a porttmidade para isso, pois ato a fragata

D. Fernando serve para fazer tiros de artilharia. •

Mus, emfim, o mal é já irremediável. E o que eu digo, meus senhores, é que é lastimável que realmente se julque que oficiais de marinha podem passar sem naveaajão.

Tento dito.

O Sr. Ministro da Marinha (Júlio Martins):— Sr. Presidente: entendamo-nos. Eu não disse que iria promover os aspirantes sem que tivessem o tirocínio. O que eu disso é que o poderia fazer deu-tro da lei, mas que o não fazia. E eu pregunto a S. Ex.a se dentro da própria lei se estabelece que é preciso o tirocínio de na\egação para serem promovidos. S. Ex.a certamente me responderá que não, visto que a lei é expressa.

Com respeito ao facto de os funcionários poderem ou não ir ao Pedro Nunes isso não é com o meu Ministério, é com o das colónias.

Y. Ex.a falou que seria escandaloso promo\er oficiais dessa natureza sem o tirocínio. Eu declaro que não, e declaro mais que era duma grande ponderação que se podia fazer alguma cousa sobre esse assunto.

V. Ex.a disse quo é o cruzador Ada-maxtor que dentro em breve realizará essas funções.

Nós se não vamos com o critério de não gastar dinheiro, então acabemos por completo com a marinha de gueiT.-i. Entre a economia »? o não gastar há uma grande diferença.

Se não há dinheiro para se fazerem essas viagens então terei eu de dizer aos poderes públicos quo acabem com a marinha de guerra.