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Diária

ao Senqdt

protestos, porque um indivíduo atingido queixava-se de outros, e então verifiquei que devia atacar a questão ao mesmo "empo e não por escalões, mas por fila cerrada. Daí o nomear uma comissão composta de indivíduos da mais perfeita isenção de carácter, com completa coragem moral, que me apresentará um trabalho completo.

Quando vejo. que num primeiro passo errei, emendo-me.

O nosso espírito caminha num dado sentido, vê que chegou a bons 01 a maus resultados, assim modifica o seu parecer.

(íEm que diferem essas informações de carácter reservado dadas por um inspector de um coacurso feito às claras ?

Num concurso feito às claras, há ura inspector num júri que inspecciona diante de todos.

$ S. Ex.a propõe um inspector que inspeccione em quarto fechado.

É isto melhor? Não me parece.

Aparte do Sr. Silva Barreto.

O Orador: — Sobre o que S. Ex.a diz, qual será melhor processo de selecção, as informações do inspector conjugadas com as habilitações ou as de um júri conjugadas com as habilitações'?

Destes dois processos, o que é preco-nisado por S. Ex.a pode ser admissível mas não é axiomático.

•Faiou S. Ex.a em provas de um quarto de hora.

Eu fui sempre contra as provas públicas coaio se fazem em Portugal.

O meu processo seria o de aquilatar do valor do candidato para um trabalho ser feito com vagar.

Além de um trabalho escrito com tempo, a prova feita também com tempo não é o mesmo que um ponto tirado para responder 24 horas depois.

Mas há maneira de estabelecer as provas, de fornia que o acaso não seja um factor preponderante no resultado final.

Disse S. Ex.a que as provas públicas são deprimentes para os professores.

Parece-me que mais deprimente é pira qualquer professor o ter de se submeter a uma prova documental e a ona informação do inspector.

Ora é por isso que, sendo as escolas suprimi;das, os professores iam fazer concurso para uraa cousa nova, ao passo que

não sendo as escolas, suprimidas é uni um pouco exquisito submeter os professores a um concurso para uma cousa que já existia.

S. Ex.a sabe que o ensino primário superior em Portugal, devido à sua orga.-nização, não é primário^ não é superior, não é nada, porque, se eu dissesse o que são os programas das escolas normais superiores, a Câmara ficaria abismada e diria que eles tinham sido elaborados num ataque de loucura.

De maneira que se as escolas normais' superiores deveriam ter um programa inteiramente novo, natural é que, para uma cousa nova, se faça um concurso^ novo.

Eis as razões que eu devia apresentar em resposta às do Sr. Silva Barreto.

O orador não »eviu.

O Sr. Augusto de Yagconcelos: — Sr. Presidente: agradeço ao Sr. Ministro da Instrução a gentileza de ter vindo hoje a esta Câmara, a meu pedido, para tratar de um assunto de que já tenho tido ocasião de me ocupar, por duas vezes, dirigindo-me a outros antecessores de S. Ex.a Tenho, porém, agora esperança de que seja estí, a última vez, porque S. Ex.* tem demonstrado na gerência da sua pasta qualidades de franqueza e de isen-, cão que me levam a crer que, desta vez, S. Ex.-a fará justiça.

Trata-se das tropelias que tem sofrido o director do Conservatório da Faculdade de Sciências do Porto.

Eu nlx) faço a narração sucinta do caso, porque já a tenho feito' outras vezes e porque S. Ex.a naturalmente já o conhecerá. S. Ex.a o estudará e verá que, tendo- este professor sido nomeado para exercer esse cargo a fim de levar a ordem • e a disciplina a um estabelecimento que estava indisciplinado, e tendo requerido uma sindicância ao funcionário que lá estava para assim justificar o estado de indisciplina em que tudo aquilo marchava e as irregularidades que se praticavam, e tendo efectivamente sido feita essa sindicância e reconhecendo-se que realmente se praticavam irregularidades, foi demitido o director que tinha pedido a sindicância.