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Diário dag Sessões do Senado

mo grupo, podia chegar a chamar-lhe um topinambo, mas este é agradável e inofensivo !

Tubérculo sim; na significação que lhe pode dar o Sr. Augusto de Vasconcelos, porque S. Ex.a sabe existirem tubérculos mínimos causados por agentes microscópicos ou ultra-microscpóicos que podem, diluir, esfacelar e escavacar os organismos.

Aceito a expressão, mas referida a invasão de intensidade tam grande e com. uma generalização tal que só pode ser comparada à outra quando ataca os organismos vivos com a forma de grandeza.

Portanto, isto não é uma lei de inquilinato, mas a granula do inquilinato a destruir o resto dos direitos de propriedade.

O Sr. Machado Serpa na sua fala feita, com grande moderação, talvez constrangido, apesar de ter a palavra fácil e correcta, parecia recear esta se lhe embrulhava na boca e não lhe querendo chamar uma |lei de ocasião chamou-lhe uma lei ocasional.

Era esta. com certeza, a idea do Sr. Machado Serpa, mas procurou o qualificativo «ocasional», por ser uma pessoa amável e lhe pareceu mais moderado.

Sou mais rude e não me inporto de magoar quando me picam, ponho-lhe o nome que entendo, como à lei de destruição da família: a lei do divorcio, tam miserável como está!

O Sr. Artur Costa:—Da qual se têm aproveitado os correligionários de V. Ex.a em grande numero.

O Orador: —Entre todas as más acções da República, essa é a má acção mestra! Dissolvida a família...

O Sr. Artur Gosta: — Qual dissolvida! Dignificada.

O Orador:: — Dissolvida a família e a propriedade, que fica?!

S. Ex.as esqueceram-se de ser o agrupamento social um agrupamento de famílias.

O Sr. Artur Costa:—Vamos à lei do inquilinato!

Apoiados das galerias.

O Sr. D. Tomás de Vilhena:—Nós não podemos aceitar imposições!

O Sr. Alfredo Portugal: —Deixemo-nos de coaçtfes!

O Sr. Presidente : —V. Ex.a não continua o seu discurso emquanto as galerias estiverem ocupadas. ,

Está interrompida a sessão.

Eram 16 horas e õõ minutos.

O Sr. Silva Barreto: — Sr. Presidente: a sessão foi interrompida?

O Sr. Presidente : — Sim, senhor.

Um assistente das galerias: — Então nós não podemos ouvir tratar dos nossos

interesses.

Isto ó só para os monárquicos! Viva a República!

O Sr. Presidente:; — (Ás 17 horas). Está reaberta a sessão.

O Sr. Procópio de Freitas: — Se a sessão for reaberta, o público tem do entrar novamente nas galerias.

O público entra nas galerias.

O Sr. Presidente: — Continua no uso da palavra o Sr. Oriol Pena.

O Orador: — Sr. Presidente: lamento profundamente que, mais uma vez, se tenha faltado ao respeito devido a esta sala do Senado. E a terceira a que assisti, provocada, é certo, por um aparte do Sr. Artur Costa, não ouvido nitidamente, inas foi naturalmente causa de me ter exaltado qualquer cousa.

Creio que S. Ex.a lamentará também o resultado produzido pelo seu aparte, que a imprensa há-de atribuir à minha humilde pessoa, desnaturando o que digo e continuando a atribuir-me as responsabi-lidades da demora na solução de um assunto do capital importância, como este.

Como se acha presente o Sr. Ministro da Justiça, devo dizer que se combato o projecto é porque não posso concordar com ele.