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ÍHárlo 'âa* Sessões ao Senado

pelo Sr. Ernesto Navarro que isso se não tinha cumprido porque talvez desse' prejuízo ao Estado.

Ora, no regime anterior, estavam os adubos, e agora em vez de adubos ficavam no regime diferencial as farinhas, além de outros produtos que eu entendi que devia incluir.

Eu disse então: vamos verificar o que se passa e falaremos depois.

Neste momento tenho aqui um protesto dessa famigerada moagem, a quem segundo o Sr. Ernesto Navarro meti 1:500 contos nos bolsos, protesto esse que já está há muito tempo nos caminhos de ferro, e sobre o qual acaba de dar parecer a Junta Consultiva dos Caminhos de Ferro.

Ora essa famigerada moagem, que eu. servi, segundo o Sr. Ernesto Navarro., protesta contra a excepção feita a favor das farinhas e pede que o que se f a?; para com a farinha se faça-também para com o trigo, ou então que nem para o trigo nem para a farinha.

Eu já disse a V. Ex.as que o Sr. Ernesto Navarro se enganou nos cálculos que aqui citou e segundo os quais haveria uma grande deminuição de receitas. O papel que, S. Ex.a me levou apenas calculava o prejuízo dos caminhos de ferro em 922 contos. Vejam V. Ex.as como é grande a diferença entre o que o Sr. Ernesto Xavarro aqui disse e o que me expôs naquela ocasião. Também é para considerar que o transporte dos adubos representa um aumento de receita muito suDerior à deminuição de que se trata-.

O qa« é certo, Sr. Presidente, é que não foram desfalcadas as receitas do Estado e que no cofre da moagem não entraram os tais 1:500 contos. E não entraram: primeiro, porque não é essa adi-fcronça a considerar, e depois, por outras circunstâncias que só dão.

O Sr. Ernesto Navarro há-de ter, o talvez com abundância, muitos actos meus para me atacar; não necessita de insinuar aquilo que não é exacto, nem necessita do mo atacar com balas que resvalam para bater qm S. Ex.a

^êV. Ex.a, Sr. Presidente, como está posta a questão.

Não disso o Sr. Ernesto Navarro quais eram as personagens da moagem que eu procurei beneficiar. Vai muito bem à

fluência .de S. Ex.a essa omissão ; mas não vai bem às suas responsabilidades.

S. Ex.a falou, depois de ter exposto este caso das farinhas, numa outra questão, e para isso não deixou de ir buscar relatórios, quo lou com ênfase'para impressionar o Senado; não deixou também dê aludir aos meus planos ocnltos de alienação de caminhos do'ferro.

Acautele-se o Senado, que o Ministro do Comércio não está aqui senão para realizar os seus planos ocultos, senão para distribuir proventos às clientelas interesseiras.

O Ministro do Comércio não conta com ninguém.

Quem não tem dado cabo dos caminhos < de ferro, têm sido os que lá têm estado.

Quem quere cobrir todas as dificuldades de momento, quem não tem desculpa, é o Ministro do Comércio, porque esse está neste lugar para fazer uma obra de traição.

Se fosse fácil a certas pessoas serem leais como lhes cumpre e verem as responsabilidades que têm sobre si, certamente que tais palavras, palavras vãs, palavras sem significado e sem razão nenhuma, não teriam sido ditas no Senado, no Senado, que se espantou porque alguém se atrevesse a dizê-las.

Eu tenho um bafo corrosivo, e todos os adversários tremem de mim.

Ninguém deu pelo tal bafo [corrosivo senão o Sr. Ernesto Navarro.

O Ministro do Comércio cumpre singelamente a sua obrigação e tem tido a honra, quer em tal qualidade, quer como parlamentar, de receber inequívocas demonstrações- de simpatia, que ele merece simplesmente pela sua boa vontade e por trabalhar infatigavelmente (Apoiados), para ser útil ao País.

Gosto pouco de falar de mim e apesar de se falar na minha «vaidade incomensurável», quem a vê?

j;Quem foi a pessoa que eu atropelei?

,;0nde está aquele a quem eu não tenha dito leal e sinceramente que sim ou que não?