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Diário das Sessões do Senado

pagar, o que representa uma economia superior a 300 contos no Orçamento.

O Sr. Ribeiro de Melo: — Mas is&o foi na Sociedade das Nações, e se V. Ex.a fosse nomeado para lá ir como nosso delegado eu aceitava com toda a satisfação essa indicação.

O Orador: — Mas se V. Ex.a tivesse reparado bem, veria que as decisões tomadas em matéria económica pely, Sociedade das Nações já tinham sido voiadas pela Conferência Parlamentar de Comércio, e foram adoptadas pela Scciedacb das Nações.

O Sr. Ribeiro de Melo:

necessidade disso.

Não havia

O Orador: —Havia, sim senhor, porque nesta Comissão estão alguns dos economistas mais notáveis do mundo, e são eles que têm ditado as medidas seguidas depois pelos outros organismos das Conferências Internacionais.

Eram estas as palavras que tinha a dizer pó:: dever de representação que o Parlamento, embora mal, me tem confiado.

O Sr. Ribeiro de Melo:—Não apoiado.

Sessão n.° 98, em 19 e 20 de Agosto cie 1924

O Sr. Júlio Ribeiro:—Sr. Presidente: concordando com as considerações cue acaba de fazer o ilustre Sena cor Sr. Pro-cópio de Freitas, devo dizer que este artigo assim secamente redigido coité m uma grande injustiça, uma grande violência; Eu, Sr. Presidente, seu contra todas as greves, e, por maioria de razão, contra a greve feita por funcionários, públicos, porque, se por exemplo os operários podem fazer greve, é defeso fazê-lo aos empregados públicos visto cue urna lei especial lho proíbe e, inclusivamente, o próprio Código Penal.

De resto a própria lei das greves estabelece certas formalidades para as clas« sés operárias a poderem efectuar. E muito bem.

Assim, tendo o Governo prrvio conhecimento das reclamações poderá muitas vezes conter o movimento.

Mas nunca isso se fez. O diploma que dá direito à greve foi sempre despre/ado por todos os grevistas.

Por consequência, desde que em Portugal nunca se fez legalmente uma greve, entendo que o diploma que regula as greves deve ser derrogado,

Mas, como disse o sr. Senador Procó-pio de Freitas, há muitos funcionários dos correios e telégrafos que foram para a greve forçados; e, portanto, não é justo que estes sejam privados dos í

Nestas condições parece-me que é justo adicionar um parágrafo a esse artigo nos seguintes termos :

Leu.

foi lido na Mesa e admitido pelo Senado.

O Sr. Júlio Ribeiro:—Sr. Presidente: Há três legislaturas que tenho a honra de ocupar um lugar nestas cadeiras, cumprindo o mandato de eleitores da nossa linda, forte e sagrada Beira, acostumando-ine a respeitar esta Câmara e procurando, tanto quanto possível, dignificá-la. Porque, Sr. Presidente, o ser republicano é "orocurar dignificar e engrandecer as instituições de que fazemos parte dentro da Kepí.blica, tornando-as mais respeitadas, seja o Exército, a Armada, a Magistratura, o Magistério, a Diplomacia, o Parlamento ou uma simples Junta de Freguesia. Ser republicano não é ser um eterno insatisfeito e incompreendido. Ser republicano é não querer que o valor do republicanismo esteja na razão directa de tempo e da resistência dos pulmões. Ser republicano é ser tolerante e generoso, sem deixar de ser forte, leal e justiceiro.