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Apêndice da sessão legislativa de 1923-1924

trabalho e dedicação dum homem que foi um grande militar neste país, e ao qual este deve grandes serviços. Kefiro-me ao Sr. João do Almeida, julguei que não podiam levantar-se dúvidas algumas sobre. tal asunto.

Mas quando á imprensa do meu Par-' tido, tendenciosamente e anti-patrioticamen-te, como disseram os Srs. Ministros dos Estrangeiros e das. Colónias, veio trazer para público a notícia de uma possível delimitação de Angola em nosso prejuízo, fiquei bastante admirado. Apressaram-se esses Srs. Ministros a vir a público trazer a sua informação, e no Século deitaram fala para sossegar a opinião pública. E assim disseram :

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros :

Leu.

E o Sr. Ministro das Colónias :

Leu.

A última parte da declaração do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros refo-re-se à afirmação que foi feita sobretudo na imprensa monárquica de que tinham sido convidados vários oficiais distintos para fazer parte dessa • comissão de delimitação do sul de Angola, mas que se haviam recusado a isso.

O Sr. Ministro negou tal facto.

Mas, S. Ex.a não me sossegou na outra parto, pois declara ficar dependente do estudo duma ccímissão especial a futura delimitação do sul de Angola, de modo a tornar-se definitiva.

\rejam V. Ex.a e a Câmara como é melindrosa esta situação; que série de tristes consequências podem daqui surgir.

Ao mesmo tempo que isto aconteceu, os jornais portugueses transcrevem do Lê XX Siecle, de Bruxelas, a seguinte e alarmante notícia:

Leu.

Sr. Presidente : isto é positivamente nm canard jornalístico ou, como se costuma dizer em frase portuguesa, «balão de ensaio», porque reconhece-se imediatamente que à própria nossa aliada não convinha de modo algum auxiliar qualquer pretensão alemã quanto às nossas colónias maiores— Angola e Moçambique.

& Como é que a Inglaterra poderá admitir que o esforço e actividade alemães sejam em Moçambique?

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essa colónia, se porventura tivéssemos a infelicidade de a perder, estivesse debaixo-do seu domínio?

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A notícia do jornal belga não pode pois-ser verdadeira. Mas não é esse propriamente o aspecto da questão que me interessa.'O que me interessa é a tendenciosa significação da noticia, quo ela vale como sintoma, se a aproximarmos sobretudo da circunstância de ser um facto incontestável a penetração alemã em Angola.

Sr. Presidente: continua-se, apesar de-tudo, a olhar para nós com aquele desprendimento de atenção e de carinho a que tínhamos direito através de tanto tempo de colaboração, e de trabalhos, através sobretudo do último e glorioso sacrifício que fizemos na guerra.

E isto, Sr. Presidente, que me alarma-! Então, Sr. Presidente, muito mais de alarmar é que, quando a situação tal se apresenta se desenrole este triste sudário do Angola, o sudário duma administração perdulária quo serve para atestar ao mundo inteiro, a essas nações cubiçosas do nosso domínio ultramarino, que nós somos incapazes do administrar o que è nosso, quo não temos competência para levar a fim esta obra de civilisação que a história nos impõe! j E justamente neste momento nos representa na Inglaterra o homem sobre quem pesam as graves rés-, ponsabilidades de ser causador de tal situação! Pode isto ser?

Isto tudo serve para justificar a minha asserção de há pouco, de que pelo passado e pelo presente não deve continuar a estar em Londres o Sr. Norton de Matos.

Eu acho, Sr. Presidente, por maior que seja a solidariedade dos seus partidários, por maior quo seja a situação de submissão ou de acanhamento em que se encontram perante ele os membros do Partido Democrático, que não pode estar em^Londres o Sr. Norton de Matos.