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2 DE NOVEMBRO DE 1967 1421

o seu extremo montante da existente central térmica. Considero assim que, tido era conta o planeamento geral da produção térmica, deve igualmente ponderar-se este caso desde já, dada a relativa proximidade de 1978, data em que, na conformidade do concessionado, cessam os vínculos da situação presente, na sua forma actual.
Nesta oportunidade, não quero deixar de anotar que, instalado o porto de pesca em Pedrouços, há que tomar posição quanto à sua ligação à rede ferroviária. Esta ligação não foi considerada na actual fase, em exploração desde 1966, e admito que não tenha de vir a sê-lo. A opção a fazer põe em causa, dentro da indicada evolução do nó ferroviário, a existência de uma linha entre Pedrouços e Cruz Quebrada, ao que acrescento o considerar que, se a economia do empreendimento confirmar que tal opção pode fazer-se pela negativa, poderá então adquirir verdadeira expressão o estabelecimento do grande centro de ensino e fomento de desportos náuticos, em Algés-Cruz Quebrada].

ANEXO X

Parecer subsidiário da secção de Transportes e turismo

Turismo

A secção de Transportes e turismo, consultada sobre o capítulo IX «Turismo» do título II «Programas sectoriais», da parte referente ao continente o ilhas do projecto do III Plano de Fomento, para 1968-1973, emite, sob a presidência de S. Exa. o Presidente da Câmara, o seguinte parecer subsidiário,

I

Funções económico-sociais do turismo

1. Constitui o turismo, sem dúvida, um dos fenómenos mais marcantes do desenvolvimento económico da era actual, pois permite, através de uma crescente evolução das facilidades que a técnica põe à disposição do homem, um contacto cada vez mais amplo entre as diferentes civilizações do Mundo.
Se é verdade que a consequência mais essencial do turismo pode medir-se por uma maior satisfação individual - ocupação mais variada dos tempos livres em áreas diferentes das das comunidades de trabalho habituais -, não é menos verdadeiro que a sua real expressão se alcança através dos resultados nacionais, nomeadamente quando expressos em termos económicos.

A) Receitar em divisas

2. É o turismo uma exportação de bens e serviços, pelo que a correspondente receita em divisas tem um papel preponderante nas economias de todos os países, com especial importância nos que se encontram em vias de desenvolvimento. De facto, nestes, entre os quais Portugal, são normais situações deficitárias da balança comercial, que resultam de o crescimento das exportações, apesar de dinâmico em muitos sectores, não conseguir acompanhar o das importações, ditado, sobretudo, por uma necessidade inadiável de equipamento e por uma incapacidade
de a oferta de alguns bens essenciais satisfazer uma procura em crescimento relativamente rápido.
No nosso país, as receitas provenientes do turismo têm vindo a assumir um papel crescente na cobertura do déficit da balança de transacções correntes e representaram, em 1966, cerca de 25 por cento das receitas de exportação, contra cerca de 8 por cento em 1961. Ainda, para 1966, o saldo positivo da balança turística - 5 118 000 contos 1 - representou cerca de 55 por cento do déficit da balança comercial e financiou cerca de 22 por cento das nossas importações de mercadorias.
Para além do significado dos números que se apresentam, é inegável que a receita em divisas é uma consequência económica decisiva do turismo e, portanto, um dos factores mais importantes na formulação de uma política do sector.

B) Promoção de actividades

3. O turismo provoca o desenvolvimento de inúmeras actividades a ele ligadas directamente, bem como o aparecimento de muitas outras.
A análise destes efeitos não é possível com um mínimo de rigor no nosso país, dada a ausência da informação estatística necessária.
Os efeitos directos mais relevantes manifestam-se na construção, agências de viagens, transportes, hotelaria, espectáculos, artesanato o outras actividades.
Para além destes, verificam-se efeitos induzidos em inúmeros outros factores O conjunto dos efeitos directos e indirectos - efeito multiplicador - é que exprime a verdadeira incidência do turismo na economia de um país.
Como é evidente, nem todos os efeitos têm continuidade adentro da economia nacional através de dispêndios sucessivos. De facto, sempre que numa fase do efeito multiplicador se processa um pagamento ao exterior cessa o benefício no rendimento nacional.
Parece importante que, na linha de um aperfeiçoamento progressivo dos processos e dos resultados da programação económica do sector, se avancem métodos que englobem os efeitos entre actividades provocados pelo turismo. De facto, só nesta medida é que se conseguirá a coerência dos programas propostos por cada sector, e isto ao nível da produção, dos investimentos e dos factores produtivos.

C) Desenvolvimento regional

4. O turismo pode ser um factor muito importante para o desenvolvimento de determinadas legiões que apresentem condições naturais e climáticos propícias. No entanto, não deve esperar-se do turismo a resolução integral dos problemas económicos e sociais das legiões, antes é ele que deve integrar-se, como instrumento importante, numa política de desenvolvimento regional. Não sendo assim, verifica-se que o já aludido efeito multiplicador não funciona na região, pois os efeitos directos do turismo têm menor importância do que os induzidos nas regiões que abastecem de bens e serviços a região turística.
Há, assim, que ter em conta, como muito importante, a necessidade de enquadramento da política turística adentro dos objectivos mais vastos de uma política regional, para que se criem, simultaneamente com a capacidade de alojamento, as condições indispensáveis para que fique na legião o maior número possível de efeitos provocados pelas actividades turísticas.

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1 Relatório do Banco de Portugal de 1966

Resultados do mesmo Diário
Página 1243:
VII 5 A assistência do Tesouro à província do Cabo Verde não vencerá juro enquanto se mantiver
Pág.Página 1243
Página 1458:
, para as expansões urbanas, reservas naturais e zonas verdes, regionais e locais. O espaço constitui uma preocupação
Pág.Página 1458
Página 1482:
os programas das províncias de governo simples 39 a 125 1) Cabo Verde
Pág.Página 1482
Página 1485:
referentes a cada província. Cabo Verde 1.º Investimento Contos a) Programados
Pág.Página 1485
Página 1490:
), apoio total da metrópole ao financiamento do Plano em Cabo Verde, Guiné e Timor, d) Taxa média anual
Pág.Página 1490
Página 1492:
. A seguir se examinarão os elementos referentes a cada província Cabo Verde l º Investimentos
Pág.Página 1492
Página 1501:
a cada província. Cabo Verde 1.º Investimentos Contos a) Dotação inicialmente
Pág.Página 1501
Página 1506:
ao financiamento dos planos de Cabo Verde (exceptuando o aeroporto do Sal), Guiné, S Tomé e Príncipe e Timor.
Pág.Página 1506
Página 1521:
e das províncias de Macau, Cabo Verde e Timor. Em Setembro último, porém, eram promulgados diversos diplomas
Pág.Página 1521
Página 1527:
aos planos de Cabo Verde, Guiné e Timor, repartição bastante equilibrada entre os recursos internos
Pág.Página 1527
Página 1528:
dos programas de financiamento de cada província, ter-se-á, quanto a Gabo Verde. QUADRO XIII Cabo
Pág.Página 1528
Página 1532:
ao programa de Cabo Verde, que monta a 988 189 contos no sexénio. QUADRO XXI Cabo Verde
Pág.Página 1532
Página 1533:
de conservação de água e do solo (2200 contos) é muito diminuta, pois existem em Cabo Verde gravas problemas
Pág.Página 1533
Página 1535:
mais vultosa do programa de Cabo Verde (385040 contos), com a seguinte distribuição a) Transportes
Pág.Página 1535
Página 1538:
luminosos no horizonte económico de Cabo Verde. É essencial que todos os recursos a empregar
Pág.Página 1538
Página 1540:
agrícola 18 000 86 620 Tal como acontece em Cabo Verde
Pág.Página 1540
Página 1545:
, recordam-se as considerações feitas a propósito de Cabo Verde, que aqui se dão como reproduzidas
Pág.Página 1545
Página 1547:
de empregos, como tentaram Cabo Verde e a Guiné), ficando-se, portanto, pelo enunciado de aspirações generosas
Pág.Página 1547