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11 DE FEVEREIRO DE 1941 192-(103)

10. É muito difícil, senão impossível, determinar o que no espaço de tempo considerado teve emprego em novas empresas económicas, sejam elas de natureza agrícola ou de índole industrial.
A origem de novos capitais é diversa, mas de um modo geral eles fazem parte de dois grupos importantes: ou resultaram de economias próprias, que provieram da poupança individual, ou foram adquiridos por empréstimos. E neste último caso ainda há que considerar o empréstimo contraído nalgumas instituições de crédito acima mencionadas -bancos, caixas económicas ou Caixa Geral de Depósitos- ou de pessoas particulares que cedem os seus capitais a troco de juros para obras de natureza económica.
A proveniência de novos capitais, tal como acaba de ser mencionada, deixa logo prever as dificuldades que se opõem ao seu cômputo. No que respeita ao primeiro grupo, poupança individual ou colectiva, pode ser feito directamente, sem intermediário.
Talvez que a maior parte das sobras dos rendimentos de cada um encontre aplicação em melhorias de empresas sem expressão pública ou instrumento legal. Muitos dos ganhos industriais, e parte do produto líquido da exploração agrícola, encontram utilização imediata na própria indústria, ou são logo a seguir gastos na propriedade agrícola.
Estão neste caso os lucros que se não distribuem e que ficam na sociedade sob a forma de suprimentos, e as plantações de toda a espécie - de oliveiras, de vinhas, de diversos tipos de espécies florestais, os trabalhos executados no sentido de valorizar a propriedade que possam ser considerados de primeiro estabelecimento, e ainda outros.
Tudo isto constitue economias que não podem ser calculadas, tal a sua variedade. Só com o conhecimento dos rendimentos reais das propriedades isso poderia ser feito.
Quanto ao que provém do capital de sociedades anónimas, em nome colectivo, por cotas, e outras, já com mais facilidade se poderia estudar o rendimento de capitais.
Mas mesmo neste caso ainda é difícil estabelecer claramente e com exactidão as importâncias utilizadas em novas empresas económicas, porquanto algumas vezes muito mais lhes é destinado sob a forma de suprimentos. Além de que as valorizações de cotas e outras formas de manter o capital dentro de limites impostos por motivos diversos tiram carácter de realidade a muitas cifras do activo de sociedades colectivas.
Para ter idea do movimento económico português tentou-se determinar o aumento de capital das sociedades anónimas, em nome colectivo e outras, e a Direcção Geral do Comércio e o Instituto Nacional de Estatística forneceram elementos para esse fim. Os da Direcção Geral do Comércio soo os seguintes, e publicam-se a título de curiosidade, visto exprimirem apenas o número e o capital das sociedades existentes nos seus registos em 1932 e 1939. Não se deduziram as que haviam sido dissolvidas, nem antes de 1932, nem entre este ano e 1939. Eles dão por consequência apenas indicações da formação de sociedades a partir do certa data.
Os elementos são os seguintes:

[Ver Tabela na Imagem]