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11 DE FEVEREIRO DE 1941 192-(99)

mite por enquanto estudo pormenorizado na parte relativa ao seu rendimento líquido. Com o aperfeiçoamento dos serviços de impostos e melhorias nos organismos corporativos, e dada a gradual expansão e progresso da actividade da estatística, é de presumir que dentro de alguns anos seja já possível o cômputo suficientemente aproximado dos rendimentos do País e do quantitativo da poupança nacional que todos os anos é susceptível de ser desviada para o desenvolvimento económico.
Os números que se referem aos depósitos bancários e de caixa económica podem, porém, ser examinados com certo (rigor e extrair-se deles algumas conclusões. Já é possível juntá-los e subdividi-los. Juntá-los com o objectivo de calcular a sua evolução em período de tempo bastante largo; e subdividi-los com o fim de determinar qual a influência regional da actividade económica, e assim formar idea da situação de algumas províncias portuguesas.
Os resultados de um inquérito levado a efeito pela Inspecção do Comércio Bancário e a análise das contas da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência tornaram possível o exame dos depósitos totais no Pais, discriminados por distritos, nos dois anos de 1932 e 1939. O período de sete. anos não é demasiado longo, mas o primeiro daqueles anos teve de ser escolhido porque, representando pouco mais ou menos o fim da crise, que no nosso País até certo ponto também atingiu o sistema bancário, pode vir a dar-nos idea da evolução dos depósitos, a partir de um mínimo. Além de que não poderiam merecer tanta confiança os números anteriores a 1932 como nos anos seguintes, em virtude de se encontrarem englobadas na mesma rubrica quantias que não podem ser consideradas como de origem particular.
Os depósitos totais de bancos, caixas económicas e casas bandearias exprimem-se, por distritos e em contos, nas cifras que seguem:

Depósitos de bancos, casas bancárias e caixas económicas

[Ver Tabela na Imagem]

Os totais de 3.695:285 e 4.997:089 contos nos dois anos mostram o acréscimo de 1.301:804 contos no continente e ilhas adjacentes. O aumento foi de 1.400:158 contos, só no continente. Houve a diminuição de 98:354 contos na Madeira e Açores.
Antes de estudar o fenómeno, que na verdade revela sintomas de gravidade na paute relativa às ilhas, há que analisar o que se entende por depósito. Os da Caixa são os do particulares - à ordem e a prazo. Deduziram-se aqueles que poderiam falsear as conclusões. Não incluem por isso nem os depósitos dos bancos, nem os do Estado, nem os obrigatórios.
Os dos bancos e caixas económicos contem tudo o que, sob a designação genérica de depósitos, faz parte da sua carteira - e nem tudo representa, realmente, depósitos. Teria grande interesse a análise discriminada dos depósitos bancários. Poder-se-ia marcar o que representa, na verdade, poupança - o que constitue o fundo propulsor de progresso económico. Mas não é isso possível, nem mesmo de depósitos de outra natureza se pode separar o que é puramente comercial - reservas depositadas dia a dia por entidades comerciais e que constituem, ou devem constituir, parte do seu capital circulante, e por isso mesmo fora da questão.