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12 DE FEVEREIRO DE 1942 206-(9)

Quanto ao número de colectas houve grande aumento no grupo A e no grupo C, como pode verificar-se no quadro que segue:

Número de colectas

(Ver quadro na imagem)

O capital que serviu de base ao lançamento da contribuição também se modificou neste ano, tendo deminuído o dos sociedades anónimas e aumentado o dos contribuintes do grupo C. Os números são os que seguem, em contos:

(Ver tabela na imagem)

De tudo resultou aumento apreciável na liquidação, que se elevou êste ano a 261:152 contos, embora fôsse muito menor a cobrança.
Muito mais de metade desta teve lugar em Lisboa e Porto, como era de prever. É aqui que se acentua a actividade fabril e comercial do País, e onde, por consequência, há maiores cobranças.
Coimbra, Santarém e Braga vêm logo a seguir. Os números, por distritos, são os seguintes:

(Ver tabela na imagem)

12. Durante o ano de 1940 melhorou sensivelmente a produção do País nalgumas indústrias, devido a diversas circunstâncias, entre as quais o conflito europeu. O fenómeno tenderia a acentuar-se se fôsse possível o abastecimento regular do País, tanto em matérias primas como em combustíveis. Dados os obstáculos opostos aos transportes marítimos e as necessidades dos próprios países exportadores, não parece que perdure por muito tempo a intensificação notada em 1940 e parte de 1941. Mas não se deu em todos os indústrias melhoria na situação. Em algumas houve mesmo declínio, e, se não fora a possibilidade de transferir mão de obra de umas para outras, o desemprego ter-se-ia acentuado mais profundamente.
Aludiu-se no ano passado às possibilidades de industrialização mais intensa do País, sobretudo nas empresas que trabalham para consumo interno - e mencionou-se que a organização corporativa deveria ser poderoso estímulo para êsse fim.
O sentido do desenvolvimento que os acontecimentos internacionais têm tomado veio opor grandes entraves às forças que nesta emergência pareciam impelir o País para maior industrialização.
Há matérias primas nacionais, hoje exportadas, que poderiam ser alicerces de novas indústrias, desde que se encontrasse, dentro do País e dos recursos nacionais, meio de produzir energia eléctrica barata.
É, porém, difícil, senão impossível, nos tempos calamitosos que vão correndo, instalar indústrias que não tenham a defendê-las o interêsse nacional imediato, e que, por consequência, sejam custeadas ou subsidiadas por fundos públicos.
Dada a necessidade de importar grande número de materiais e máquinas, que constituirão sua aparelhagem, e se se tiverem em conta os preços excessivos do seu custo, na hipótese pouco provável de ser possível adquiri-los e transportá-los para Portugal, o capital de primeiro estabelecimento, que influe bastante no custo do produto manufacturado, há-de necessariamente ser alto em comparação com idêntico custo em país concorrente.
Ora a excessiva defesa pautal em certas indústrias é causa de estiolamento económico - porque, se os produtos que resultarem de mais intensa industrialização forem destinados à manufactura de outros, o custo dêstes será muito maior.
O problema tem interêsse económico grande, e de erros cometidos no presente podem resultar grandes dificuldades no futuro. O atraso económico do País em certos aspectos da sua actividade, como na agricultura, provém em parte do excessivo preço do que poderia auxiliar a produção agrícola. O rendimento, por hec-