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268 DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 132

Se se pudessem generalizar os resultados obtidos à área a que os postos interessam teríamos:

Estimativa da generalização dos resultados dos postos experimentais de cultura de sequeiro

[Ver Tabela na Imagem]
(a) Neste posto há uma diminuição de jornais em relação às explorações regionais.

Aumento no valor da produção, 1.2-36:740 contos; jornais absorvidos a mais durante o ano, 33.858:250 contos; aumento do valor dos salários, 540:000 contos; aumento do peso vivo de animais, 167.000:000 de quilogramas.
É evidente que estes números representam deduções no espaço, mas não levarão à certeza de existir ainda um vasto campo de progresso de cultura cerealífera?
Trouxe a VV. Ex.ªs apenas algumas dúvidas -tantas ficaram por referir- sobre os problemas ligados à cultura do trigo, e já vai longo o meu falar.
O clima é mau, a terra é safara, torna-se necessário que, ao menos, os homens sejam justos para com o trigo português, que, feitas todas as contas, será sempre o mais barato para o País.
Sr. Presidente: falemos agora sobre alguns aspectos da cultura do milho.
Esta cultura representa para o País, principalmente nas regiões nortenhas, um grande valor económico e social, não só por computar-se que 39 por cento da nossa população come pão de milho, como pela sua utilização para o sustento dos animais domésticos, quer em grão, para os porcos, cavalos e galinhas, quer em verde ou seco, para a manutenção dos bovídeos nas épocas em que praticamente não há outras forragens.
Pode dizer-se que a cultura do milho dentro do sistema de exploração de grande parte do Norte do País é uma fatalidade cultural.
Assim se explica que em tempos passados, sem protecção especial dos Poderes Públicos, a sua área cultivada se fosse mantendo contra a influência depressiva derivada do progressivo aumento de consumo do pão de trigo em substituição da broa, da diminuição dos equídeos pela expansão dos veículos motorizados e, ainda, da concorrência do milho colonial, a preços mais baixos.
A cultura do milho apresenta uma feição diferente da cultura do trigo, pois é muito mais pulverizada, e a maior parte do milho produzido no País destina-se ao consumo da própria casa agrícola.
Quer dizer que qualquer aumento do preço do milho vai influir substancialmente sobre as despesas da casa agrícola dos que trabalham a terra.
Em que medida se observa este fenómeno?
Vejamos os dados referentes à colheita de 1944, de que me servi quando me ocupava do trigo:

Quilogramas
Média de produção por manifesto............. 772
Média de venda por manifesto................ 144

Examinemos agora o mapa seguinte:

Quantidades em toneladas do milho manifestado para venda

[Ver Tabela na Imagem]

(a) Estimativa na base de 80 por cento da produção.
(b) Números da Federação Nacional dos Produtores do Trigo.

Verifica-se que apenas foi manifestado para venda:
Percentagem
1942....................... 20,3
1943....................... 17,1
1944....................... 18,7
1945....................... 9,3

Mas, se atendermos à circunstância de que essas quantidades representaram apenas uma parte do milho destinado ao consumo público, ter-se-á a noção da influência que o preço do milho tem no custo da vida do consumidor, que geralmente pertence às classes mais modestas.
Vejamos o mapa seguinte:

[Ver Tabela na Imagem]

(a) No ano de 1939-1940 a incorporação no trigo foi superior em 10:107 toneladas à Importação de milho colonial e exótico para panificar.
(b) Refere se apenas até 31 de Outubro de 1946.