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4 DE MARÇO DE 1948 288-(143)

QUADRO LXV

Exportação de cortiça

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Exportação (valores em contos)

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Preço unitário (valores em escudos)

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O aumento do preço da cortiça em bruto, tal qual é assinalado pelos números da exportação, não acompanhou o de algumas outras matérias-primas no período da guerra (1940-1944). Porém, o da cortiça em obra mais do que triplicou.
Em relação a 1946 o acréscimo foi maior, porque alcançou quase o triplo no caso da cortiça em bruto.
Também, relativamente ao mesmo ano, os números mostram a grande diferença entre os preços da cortiça em obra e em bruto. Foi quase sete vezes maior. E no quinquénio anterior à guerra ainda foi cerca de cinco vezes.
Se fosse possível transformar dentro do País uma percentagem grande da cortiça produzida e exportá-la em obra, a economia nacional ganharia muito.

85. O exame do destino da cortiça, tanto em obra como tem bruto, feito no quadro LXVI, sugere algumas considerações.

QUADRO LXVI

Destino da cortiça em 1946

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De vinte e dois países com importações de cortiça superiores a 4:000 contos os Estados Unidos da América vão à cabeça, com 238:400 contos, logo seguidos pela Inglaterra, com 204:200, números redondos. Os dois, juntos, importaram em 1946 mais de metade do total da cortiça exportada. A diferença entre as exportações para os dois países é, porém, grande. A Inglaterra comprou-nos um pouco menos de um terço da cortiça em obra mandada para fora, em peso, e os Estados Unidos adquiriram um pouco menos de metade da cortiça em bruto, enquanto que a importação de cortiça em obra foi muito pequena relativamente ao seu consumo. Comprou-nos apenas 37:586 contos, o que na verdade representa ainda progresso sobre os anos anteriores.
A exportação de cortiça, além de ser valioso auxílio da balança comercial portuguesa, goza de uma outra vantagem: expande-se por grande variedade de países - não está sujeita apenas a um ou dois mercados. Será possível, com as relações comerciais que existem, alargar o consumo da cortiça em obra nos países para onde já é exportada?
Poderão os Estados Unidos aumentar a importação da cortiça em obra e reduzir internamente a sua manufactura em proveito dos países exportadores?
A importância da indústria da cortiça é grande porque o valor unitário dos produtos manufacturados atinge, como se viu atrás, valores bastante mais elevados.
A indústria, apesar dos modernos aperfeiçoamentos, é susceptível de emprego de bem maiores quantidades de mão-de-obra se houver mercado para os produtos.
Há indícios de que o que se fabrica satisfaz plenamente as exigências dos compradores - e com um esforço comercial bem orientado será possível alargar a capacidade e a produção da indústria nacional. Com boa matéria-prima, totalmente obtida no País, não seria talvez difícil dobrar a exportação da cortiça manufacturada.

Obras de matérias minerais

86. Neste capítulo das exportações, que produziu em 1946 para cima de 162:000 contos, é a indústria do vidro a que sobressai e o reforça. E nesta o que mais interessa são as garrafas e garrafões que saíram para acondicionar bebidas alcoólicas. A sua importância na balança comercial depende muito da exportação vinícola.
Além dos vidros têm relevo os materiais de construção, sobretudo o fibrocimento e as louças.
Para 1938 e 1946 o quadro LXVII, a seguir mencionado, dá ideia das principais exportações.