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288-(144) DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 132

QUADRO LXVII

Exportação de manufacturas de origem mineral

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O vidro, com 121:500 contos, preencheu, cerca de 80 por cento da exportação de obras de matérias minerais - e isso foi em grande parte devido à exportação de bebidas alcoólicas.
O vidro em chapa, que ainda não há muitos anos era importado em, relativamente, larga escala, mostra a exportação de 35:000 contos, resultante, sem dúvida, de largas encomendas de países que sofreram muito com a guerra. Para a Holanda foram em 1946 perto de 25:000 contos de chapa de vidro. A exportação de vidro em chapa já hoje se dirige para vários países, como a França, a Grécia, o Egipto, o Brasil, a Síria, além das províncias ultramarinas.
A indústria do vidro, com velhas tradições, entra já hoje na exportação das obras de matérias minerais com muito larga percentagem. Está, porém, em circunstâncias de aumentar bastante.
Até agora a sua importância funda-se no vasilhame para bebidas alcoólicas. Os vidros para uso corrente e os artísticos não ocupam posição de relevo, e isso parece ser possível. Ainda se não criou a indústria dos cristais para exportação, que pode vir a ser, na combalida vida industrial vidreira, um elemento de equilíbrio.
O mais recente desenvolvimento na indústria vidreira é a fabricação de vidro neutro, destinado a tubos e aparelhos de laboratório e a ampolas medicinais.
Parece haver largas esperanças de grandes êxitos nesta fabricação, agora que desapareceu o concorrente mais temível, que era a Alemanha. Também se supõe que o vidro sanitário poderá constituir uma valiosa actividade.
Dadas as grandes inovações, nos últimos anos, em matéria de uso de vidros em variadas aplicações, não há razões que impeçam o desenvolvimento de uma indústria eminentemente portuguesa, que consome matérias-primas e mão-de-obra nacionais.
A fabricação de louças é uma velha actividade portuguesa e até certo ponto surpreende a pequena exportação, principalmente de porcelanas, preenchida por metade de louça de barro e a outra metade de porcelana.
A louça de barro teve destinos muito variados e foi constituída por louça artística, sobretudo os 3:300 contos que se exportaram para os Estados Unidos e também parte dos 1:250 contos que foram para o Brasil.
A porcelana dividiu-se em cerca de 2:000 contos para o Império Colonial e os restantes 6:600 para o Brasil (3:923), os Estados Unidos (1:282) e mais vinte e cinco territórios estatísticos.
Há possibilidade de alargar muito esta exportação.
Quase toda a louça sanitária foi para o ultramar português, e a lousa, tanto em lápis como para fins escola - repartiu-se por grande número de países, o que até certo ponto surpreende muito.

Obras de metais

87. A exportação de obras de metais preciosos e não preciosos atingiu 67:293 contos, contra 9:715 em 1938, e pesos respectivos de 1:898 e 1:205 toneladas. É notável que a exportação deste tipo de mercadoria andou sempre à roda destes pesos desde o início do século. Foi em 1900 de 1:750 toneladas, no valor de 1:328 contos-ouro. Em 1946 o valor-ouro, embora com bem menor peso, foi de 1:477 contos.
Fazem parte desta rubrica produtos do artesanato e uma grande variedade de artigos de uso doméstico, como cutilaria, louça esmaltada e de alumínio, tubos diversos, tambores, latas, ferros de engomar, camas de ferro e ferragens. Cerca de 28:908 contos em 1946 consistiu em metais preciosos em obra, sendo 8:237 de ouro e o resto de prata em filigrana e outras obras e 649 em platina.
Não tem havido grandes progressos na exportação de artigos deste género, e até certo ponto isso é de estranhar, dadas as aptidões do artista português e o desenvolvimento que poderiam ter certas indústrias.
A discriminação dos principais artigos para 1938 e 1946 é a seguinte:

QUADRO LXVIII

Exportação de manufacturas de metal

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