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10 DE MARCO DE 1965 4487

esquecer, muito frequentemente, que uma das municipais condições para a defesa do mundo ocidental se encontra na unidade e na harmonia dos interesses das diferentes nações, grandes e pequenas, evoluídas e subevoluídas, por forma que o mundo ocidental se possa apresentar, do facto como um sólido bloco perante o imperialismo soviético.
A formação de alianças militares, como o Pacto do Atlântico, devia seguir-se a constituição de alianças económicas e não diferenciação marcada de zonas comerciais, como as do Mercado Comum, de livre-câmbio e outras que provocam uma surda luta de competências e manobras subterrâneas desenvolvidas nos bastidores da vida política e económica, para a conquista de novas fontes de matérias-primas e de novos mercados para as crescentes indústrias das grandes potências.
E é assim que o comunismo internacional, aproveitando estes graves erros do mundo ocidental baseia a estratégia neste período de coexistência pacífica, especialmente no sentido de separar os países europeus dos continentes africano e asiático II
A linha de conduta táctica da U. R. S. S. fase é simples, e pode ser assim resumida.
1) Actuando entre os bastidores, os comunistas fomentam a criação de movimentos nacionalistas e a infiltração nos sindicatos e noutras organizações,
2) Os movimentos nacionalistas, apoiados por organizações cuptocomunistas, exigem a independência da colónia em questão e passam à acção (manifestações, violências e, eventualmente, sublevações armadas e guerrilhas). Nesta fase, através dos partidos comunistas e da rede internacional de organizações satélites, a U. R. S. S. fornece armas e dinheiro aos movimentos nacionalistas o os influentes comunistas actuam no sentido de impediu um acordo pacífico no conflito entre a colónia e a metrópole,
3) A diplomacia soviética e os agentes comunistas nos países das conferências de Bandung e do Cano «aconselham», e se necessário proporcionam, aos governos desses países, a apresentação do litígio na O N U. Esta acção é seguida de uma ampla campanha do aparelho daí propaganda comunista (imprensa, rádio, petições das organizações internacionais, etc.) para provocar um «movimento de opinião mundial».
4) Uma vez levado o assunto à tribuna na O N U , na U R S S , com os seus partes satélites, apoia esta acção e com eles forma um bloco, que devido ao jogo das abstenções e do veto soviético, pode conseguir uma maioria de votos e obter uma decisão da ONU favorável à tese da independência da colónia, colocando a respectiva metrópole sempre «no banco dos réus».

A política soviética nos territórios dos países coloniais obedece quase sempre ao mesmo modelo. Adaptar os movimentos nacionalistas, inspirá-los e dirigi-los sem que o comunismo apareça nas primeiras filas de luta. Depois, manter o domínio sobre os partidos comunistas locais e organizações pró-comunistas, assim como sobre os sindicatos operários.
Nos países de independência recente e de uma maneira geral nos países subdesenvolvidos da Ásia, África ou América Latina, a estratégia anterior anticolonialista é completada, porém, por uma táctica especial, desenvolvida em três fases destinadas a encaminhar estes países para o que se chama o «neutralismo positivo», e assim desligá-los do Ocidente. Segundo esta orientação, este países devem manter uma posição de aparente equilíbrio entre o comunismo e o mundo livre. Mas, na realidade, o neutralismo positivo só favorece os progressos do comunismo. E, assim, vejamos.
Em muitas das antigas colónias manifesta-se um nacionalismo agressivo determinado pelos movimentos de autonomia e independência e dirigido, em geral, contra o Ocidente e, em especial, contra os seus antigos tutores. Em certos países da América Latina existem também gérmenes de um antagonismo crescente contra o predomínio dos Estados Unidos da América e, no próprio coração da nação americana, o comunismo internacional estimula os sentimentos racistas e anti-racistas, provocando uma agitação contínua das populações brancas e negras.
A intensificação destes sentimentos racistas e nacionalistas impede o desenvolvimento, na opinião pública, de certas críticas emitia o imperialismo e colonialismo soviéticos. Aliás, essas críticas contra a União Soviética são consideradas pela doutrina do «neutralismo positivo» como «não amigáveis». Nas opiniões públicas desses países geram-se, assim, sentimentos de ódio contra o Ocidente o simpatias a favor do comunismo, cujas terríveis realidades são ignoradas. Em muitos países africanos, por exemplo, formou-se a convicção de que a U R S S é o único país, que não tem interesses coloniais, e, portanto, o único de que se pode aceitar auxílio, sem perigo de se cair numa «armadilha colonial» ou num colonialismo disfarçado de auxílio económico.
Os Sovietes têm aplicado, por exemplo, esta táctica em várias conferências afro-asiáticas. Assim, na primeira Conferência do Cairo, em Dezembro de 1957, enquanto um dos delegados soviéticos, Rachidov, aconselhava os países subdesenvolvidos a nacionalizarem as empresas estrangeiras - o que seria um meio infalível de suprimir todos os investimentos ulteriores de capitais ocidentais -, um outro nisso, Arzounaman, fazia a propaganda da ajuda soviética.
Podemos construir para vós - dizia - uma fábrica a ou uma via férrea, erguer um centro de investigação científica ou uma instituição cultural, segundo as vossas necessidades. Podemos enviar-vos especialistas ou acolher os vossos, para que visitem as nossas empresas e os nossos institutos. Podemos mandar, para vós, os nossos professores e vós podereis enviar à Rússia os vossos estudantes. Fazer o que melhor vos convenha.

Isto em L'Humanité de 30 de Dezembro de 1957.
E é assim que sob as aparências de assistência técnica e cultural ao mundo subevoluído, a Rússia o China vão realizando a infiltração economiza e política dos comunismos eslavo e amarelo.
A operação de infiltração segue normalmente, o seguinte plano, que se tem realizado em três fases.
1.ª fase - Fazem-se ofertas bastante prometedoras aos países subdesenvolvidos, exaltando as possibilidades imensas que representa uma potência de 216 milhões de habitantes (a U. R S S ) com os seus satélites europeus ou dos 600 milhões de chineses, quer para a companhia, quer para a venda. Oferece-se a estes países o que lhes falta. Promete-se-lhes depois comprar o que produzem a mas e costumam exportar para o Ocidente. Os primeiros acordos são sempre vantajosos para e país não comunista Moscovo vendeu ... a Nasser e petróleo à Argentina a preços inferiores aos do mercado internacional, o que não nos deve admirar se tivermos em linha de