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I SÉRIE - NÚMERO 22 742

O Sr. Calvão da Silva (PSD): - Nada disso, ele está lá atrás.

O Orador: ...e é sempre de saudar uma situação
como essa.

Protestos do CDS-PP.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Deve querer dizer primeira linha!

O Orador: - Aliás, deve ser um prémio por ter chegado a horas às jornadas do seu grupo parlamentar.

Risos do PCP e do PS.

Protestos do CDS-PP.

Nós estávamos convencidos - eu até estive a ver a acta das jornadas - que o PP agora só se preocupava com as reformas - a reforma do fisco, a reforma do Dr. Manuel Monteiro... -, mas afinal não, também se preocupa aqui com a segurança interna e nós ficamos, naturalmente, intrigados. Porquê esta interpelação?!... Eu creio que a matéria de interpelação é ao Governo e o meu camarada António Filipe fará uma intervenção e colocará algumas perguntas, porque é com o Governo que o problema de segurança interna deve ser discutido. Portanto, nesse aspecto, a minha pergunta dirige-se a uma outra questão, embora em matéria de segurança interna me tenha parecido divisar na sua intervenção alguma saudade das superesquadras, o que não estranho porque se as superesquadras eram uma ideia do Dr. Dias Loureiro é natural, porque, de alguma forma, está aí a base para uma «anti-AD», ou seja, uo Dr. Dias Loureiro e o Dr. Jorge Ferreira pelas superesquadras, contra a AD».

Risos do PCP e do PS.

Agora, o que me leva a fazer-lhe uma pergunta tem a ver só com uma notícia de jornal. O Sr. Deputado citou várias notícias, mas esqueceu-se desta!... E esta notícia, que é interessantíssima, tem, aliás, a ver com uma droga. Como dizia o Dr. Eurico Figueiredo, a droga pode ser a heroína e isso tudo, mas depois há o álcool, a cafeína, etc. Neste caso é o álcool.
Esta notícia diz que num hotel - «Zé do Telhado», passe a publicidade -

O Sr. Nuno Baltazar Mendes (PS): - Essa é boa!...

O Orador: - ... «o orador Paulo Portas pede mais um copo de vinho, (...)»

Risos do PCP e do PS.

«(...) que engoliu de um só trago (...)»
Refere, depois, alguns copos de tinto e diz que «(...) a plateia não se coibiu de saudar o orador com palavras de ordem como "comunas para a Sibéria" ou "Setúbal é do povo não é de Moscovo"».

O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): - O que, aliás, é verdade.

O Orador: - E os socialistas também não se liberaram da excitação noctívaga desta «geração livre», como a

etiquetou Paulo Portas, dizendo: «PS é vacas loucas», o que, além do mais, revela muita imaginação...

Risos do PCP e do PS.

Diz-se ainda - o que suponho que é um caso de polícia - «(...) pelo meio partiram-se alguns copos e cadeiras e até se agitaram lenços brancos.» Não diz se pediram orelhas...

Risos do PCP e do PS.

Acrescenta que «(...) teimosamente, muitos militantes mantinham-se de pé, em cima das cadeiras, enquanto outros cirandavam pelas mesas em animadas conversas marginais ou pelo que se passava na tribuna de honra, onde perorava o Dr. Paulo Portas.»
O que eu queria perguntar ao Sr. Deputado era se esta sua preocupação com a segurança interna tem a ver com o velho esquema de perseguir opositores e de arranjar uma boa polícia que dê umas pancadinhas a sério quando é preciso.
Sr. Deputado Jorge Ferreira, o seu interesse pela segurança interna tem directamente a ver com isso?
E como isto aconteceu numa reunião da JP - e no meu tempo a JP era o Jovem Portugal -, pergunto-lhe também se não é altura de explicar a esses jovens da JP qual é o passado do nosso país e se coisas como estas são admissíveis num partido político do Portugal democrático.

Aplausos do PCP e do PS.

O Sr. Nuno Baltazar Mendes (PS): - Vamos lá a ver quem é que responde.

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - Sr. Presidente, peço a palavra para exercer o direito de defesa da honra e consideração da minha bancada.

O Sr. Presidente: - Com certeza, Sr. Deputado, tem prioridade regimental. Tem a palavra.

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - Sr. Presidente, porque a intervenção do Sr. Deputado João Amaral, nos termos em que foi feita, não merece mais do que um breve comentário, quero dizer-lhe o seguinte: o Sr. Deputado, com base em notícias de jornal, quis trazer aqui ironia a um nível absolutamente abjecto e quero que saiba que, ofendendo o líder do meu partido, ofende a bancada deste grupo parlamentar.
Quero também dizer-lhe que se eu quisesse fazer ironia com VV. Ex.as trazia aqui com certeza hoje - e não o faço -, um comentário irónico sobre o Livro Negro sobre o Comunismo, que foi publicado há dias. Percebeu, Sr. Deputado?

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Para dar explicações, se assim o entender, tem a palavra o Sr. Deputado João Amaral.

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente, quero fazer também um comentário, o de que o CDS-PP pediu a palavra invocando a defesa da honra e da consideração, mas tal não foi feito nem o Sr. Deputado pode invocar a figura da defesa da honra e da consideração porque aquilo de que o Sr. Deputado tinha a estrita obrigação era de