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19 DE NOVEMBRO DE 1998 743

pedir aqui desculpas ao Partido Comunista Português por aquilo que ali se passou, do que o Sr. Deputado tinha obrigação era de mostrar aqui o comunicado enviado pelo Sr. Deputado Paulo Portas aos jornais - e a notícia não foi dada pelo jornal O Crime, não foi dada por jornais de terceira ordem, foi dada por jornais que correspondem à imprensa portuguesa, tal como ela existe - dizendo que tudo o que estava escrito era falso. Mas não mostrou!
O que é abjecto é que isto se tenha passado na democracia portuguesa.

Aplausos do PCP.

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - Isso talvez!

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Sr. Deputado Jorge Ferreira, quer também responder ao Sr. Deputado João Amaral?

O Sr. Jorge Ferreira (CDS-PP): - Quero sim, Sr. Presidente,...

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Então tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Ferreira (CDS-PP): - ... embora tenha alguma dificuldade em descer ao nível...

O Sr. João Amaral (PCP): - Ao nível do Paulo Portas?

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - Esteja calado!

O Sr. Jorge Ferreira (CDS-PP): - Em todo o caso, tentando aproveitar a parte séria do pedido de esclarecimento do Sr. Deputado João Amaral, que é a parte minoritária do seu pedido de esclarecimento - e eu sei que o Sr. Deputado é especialista em segurança interna, nunca disso duvidei -, uma vez que V. Ex.ª não deve estar nada preocupado com os problemas de segurança dos portugueses, visto que não falou disso, gostaria só de devolver-lhe a ironia com a qual tentou ter graça, nos seguintes termos: ó Sr. Deputado, V. Ex.ª está muito preocupado por eu estar na primeira fila do PP estando eu na terceira da bancada, mas essa é exactamente a sua situação, mas ao contrário, já que V. Ex.ª está sentado na primeira fila da sua bancada mas está na última do partido.

Risos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Luís Queiró (CDS-PP): - E nunca mais chegará à primeira!

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Sr. Deputado João Amaral, pede a palavra para que efeito?

O Sr. João Amaral (PCP): - Sr. Presidente quero apenas interpelar a Mesa, para perguntar ao Sr. Presidente se não acha que eu fico bem em qualquer fila.

Risos gerais.

O Sr. Presidente (Mota Amaral): - Quanto a isso julgo que ninguém tem dúvidas, Sr. Deputado João Amaral.

Srs. Deputados, passamos agora às inscrições para pedidos de esclarecimento ao Sr. Ministro da Administração Interna, a primeira da qual é a do Sr. Deputado Jorge Ferreira.
Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Ferreira (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Ministro...

Pausa.

O Sr. Deputado João Amaral deve estar a boicotar o meu pedido de esclarecimentos, já que há um telefone que não pára de tocar.

O Sr. Calvão da Silva (PSD): - É verdade, este debate está a correr tão bem que esse telefone não pára de tocar!

O Orador: - Exactamente! Está a correr tão bem!
Sr. Presidente, Sr. Ministro da Administração Interna, V. Ex.ª, de facto, está muito diferente daquilo que foi. Hoje, os Deputados do PS não se levantaram a bater palmas, não vibrarei com o que V. Ex.ª disse e nem sequer a «reforma dos 30 escudos», a grande reforma em matéria de segurança que V. Ex.ª aqui veio hoje anunciar - a reforma que aboliu os 30 escudos e que me leva a dizer que mais vale alguma coisa do que nada, conseguiu entusiasmar os seus Deputados, que até já se foram embora.

O Sr. Ministro da Administração Interna: - Até parece que estamos nas jornadas parlamentares do PP!

O Orador: - Antes de falarem de quem está e de quem sai nas outras bancadas, VV. Ex.as deviam olhar primeiro para a vossa bancada.
Que tristeza! Já reparou, Sr. Ministro? A oposição está em maioria! Nem foi preciso haver eleições para lá chegar!
Feito este aparte, gostava de fazer um primeiro reparo, Sr. Ministro: é que não há, neste grupo parlamentar, iniciativas individuais.

O Sr. Ministro da Administração Interna: - Não, não!...

OOrador: - Portanto, compreendendo a sua ironia, um pouco mais fina - tão fina que, às vezes, ninguém a percebe - do que a do Sr. Deputado João Amaral, mas devo dizer-lhe que esta é uma interpelação ao Governo da iniciativa do Grupo Parlamentar do CDS-PP, não é da minha iniciativa. Eu não posso, individualmente, fazer interpelações, apenas posso ter outras iniciativas. De qualquer modo, V. Ex.ª já deve estar esquecido do Regimento, porque, se não fosse assim, tinha-se poupado a essa pequena ironia, que também não teve grande graça. Em todo o caso, eu não gostaria que ela passasse em claro.
Por outro lado, lamento muito que o Governo esteja preocupado com coisas absolutamente secundárias em relação ao tema essencial do debate. VV. Ex.as devem estar esgotados, porque fazem «reformas de 30 escudos» e, preocupam-se com a presença ou com a ausência do Sr. Deputado Luís Queiró. Estão muito preocupados com o PP! De facto, penso que têm razões para isso, mas quero pedir-lhe para nos pouparem a mais uma interpelação, se,