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Portanto, penso que não é colocar o debate num plano sério nem no plano em que, porventura, a sociedade e os cidadãos querem que discutamos estas matérias vir para o Plenário - ainda por cima numa posição de vantagem, já nós não conhecemos os números que, pelos vistos, o Sr. Ministro conhece - falar de números, desfiar números sobre n crimes, porque não é esta a questão que, hoje, se coloca na sociedade portuguesa. A questão que hoje se coloca na sociedade portuguesa é a existência de um indesmentível sentimento de insegurança, que já ultrapassou as raias daquilo que é tolerável porque entrou no campo do medo. Esta é uma questão séria para o Estado e que nos deve preocupar a todos,…

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - … a começar pelo Sr. Ministro da Administração Interna.
Passo agora às perguntas.
O Sr. Ministro, falou, aqui, nesses números todos dos crimes, dos que aumentaram zero vírgula tal e dos que diminuíram zero vírgula qualquer coisa. Aliás, a questão que vou colocar-lhe é uma clássica pergunta do ex-Deputado José Magalhães. O Sr. Ministro sabe que há cifras negras na criminalidade, as quais, ao que se dizia no passado e presumo que continua a ser assim no presente, não são pequenas. O Sr. Ministro apresentou, aqui, muitos estudos sobre a questão da criminalidade; ora, eu penso que deve ter um sobre as cifras negras da criminalidade em Portugal. E já agora, uma vez que o Sr. Ministro está numa tarde de números, gostaria que V. Ex.ª nos dissesse quais são os estudos que tem sobre esta matéria e quais são os números que nos pode apresentar sobre as cifras negras da criminalidade.
A segunda questão tem a ver com o problema da insegurança - e o Sr. Ministro, como Ministro da Administração Interna, é, hoje, um dos cidadão mais inseguros do País, devido à velocidade a que mudam os ministros da administração interna em Portugal. Pergunto-lhe, Sr. Ministro: entende ou não, muito claramente, que existe, hoje, em Portugal, um problema de insegurança? É esta a questão certeira e séria que os cidadãos colocam.
O Sr. Ministro, como membro do Governo responsável pela segurança, entende que existe ou não um problema de insegurança em Portugal.
Por último, o Sr. Ministro falou dos direitos dos cidadãos, falou de tudo, mas não falou…

O Sr. Presidente: - Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. Peço-lhe que termine.

O Orador: - Vou terminar, Sr. Presidente.
Dizia eu que o Sr. Ministro falou de tudo, mas não falou da atitude do Governo em relação a esta matéria. E, do meu ponto de vista, Sr. Ministro, a atitude do Governo em relação a isto resume-se no seguinte: o Sr. Ministro está mais preocupado com os direitos dos criminosos do que com a eficácia das forças de segurança!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, tem de concluir.

O Orador: - Gostaria, evidentemente, que o Sr. Ministro comentasse esta matéria!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro da Administração Interna.

O Sr. Ministro da Administração Interna: - Sr. Presidente, o Sr. Deputado Miguel Macedo colocou-me um conjunto de perguntas, ao qual vou responder,…

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - Vai tentar responder!

O Orador: - … vou tentar responder…

O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): - Muito bem!

Risos do CDS-PP.

O Orador: - Exactamente! Todos nós tentamos, Sr. Deputado! Há os que conseguem, uns melhor do que outros, e há os que não conseguem!
Em relação aos números, Sr. Deputado, devo dizer que também eu não os quis convocar para aqui, e continuo a dizer que não é esse o problema fundamental. Porém, Sr. Deputado, quando são convocados para o Parlamento um conjunto de números, eu também tenho os números dos trabalhos que estamos a fazer relativamente ao relatório de segurança interna. São esses os números que trago e que estão à vossa disposição, pu-los em cima da mesa e porei os outros que entender! Porei em cima da mesa todos os números, sem qualquer restrição! No entanto, aquilo que me parece decorrer daí é uma estabilização geral da criminalidade, em duas áreas fundamentais, sendo a primeira a dos crimes mais graves, onde, na maioria dos casos, há um decréscimo e onde há, apenas num, obviamente, um aumento…

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): - Isso não é verdade!

O Orador: - Sr. Deputado, posso dar-lhe os números já!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): - Também eu!

O Orador: - A segunda área é a da pequena criminalidade, que é a geradora do sentimento de insegurança. E para exemplificar esta área escolhi quatro tipos de crime, sendo que estão três a descer claramente e um a subir.
Isto para dizer-lhe o quê? Posso dar-lhe os números, se assim o entender, não tenho qualquer problema em dar-lhos neste momento!
A questão da insegurança é um problema, não vale a pena escamoteá-lo. Estou preocupado com este problema, pelo que estou a trabalhar para o obviar e lhe fazer face, sem qualquer dúvida! Estou a trabalhar em várias medidas, que já aqui referi,…