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daqueles 2100 cometidos por gangs, dos tais 2700 ocorridos no País? Quando vamos ter uma medida de controlo e fiscalização para as armas brancas?
Em relação às esquadras, Sr. Ministro, quando vai reparar as esquadras que estão a cair e que estão degradadas, designadamente na zona de Lisboa? O Sr. Ministro fala sempre nas mesmas, mas a verdade é que existem inúmeras esquadras degradadas, por exemplo, a de Sacavém, a da Musgueira, a da João Crisóstomo, a do Rego, a da Serafina, a do Rato, a da Praça da Alegria. Sr. Ministro, todas estas esquadras estão a cair e o senhor anuncia sempre e sempre a mesma: a esquadra do Alto do Pina!
Já anunciou três vezes, em comunicado, a esquadra do Alto do Pina.

O Sr. Carlos Encarnação (PSD): - E vai anunciar mais vezes!

O Orador: - Pergunto-lhe se é verdade ou mentira que esta esquadra está feita há um ano, está pronta para ser inaugurada há um ano, mas os senhores anunciam-na sempre e nunca mais a abrem porque são incapazes de o fazer.
Por último, o Sr. Ministro fala muito em libertar polícias da burocracia. Então, Sr. Ministro, responda, designadamente ao que já lhe foi perguntado hoje, ou seja, se não vai também, com a afectação de polícias à investigação, reduzir o número global dos polícias e se os polícias que vão sair de trás da secretária estão preparados para irem para a rua fazer policiamento. Caso isto não aconteça, é uma mentira, porque vamos estar a colocar na rua, de um momento para o outro, agentes que não estão preparados.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, peço-lhe que termine, pois já esgotou o tempo.

O Orador: - Termino já, Sr. Presidente.
Já agora, Sr. Ministro, para terminar, o que aconteceu relativamente ao Programa Comércio Seguro - segurança em estabelecimentos comerciais? Os comerciantes dizem que os números de telemóvel não respondem! Devem ser como os telemóveis dados aos pastores pelo seu antecessor. Realmente, estão cada vez mais parecidos!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Sílvio Rui Cervan.

O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Ministro da Administração Interna, talvez o Sr. Deputado António Montalvão Machado lhe tenha feito a pergunta mais difícil que se pode fazer a um governante do actual Governo do Partido Socialista: «que medidas concretas?». Mas é, efectivamente, de medidas concretas que os portugueses falam e precisam e é através delas que o estado e o sentimento da insegurança podem ser colmatados.
O Sr. Ministro não ouvirá nunca, desta bancada, ataques genéricos quer à GNR, à Polícia Judiciária, à PSP, porque, com os meios que têm, com os meios que lhes são dados, muito fazem as nossas polícias,…

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - … muito bem fazem os nossos agentes, muito brio, muita honra e denodo colocam os nossos agentes em todo o seu trabalho diário. Mas temos situações que, de facto, são difíceis e críticas.
Para, dentro de alguns anos (dois ou três), não ouvirmos a bancada do PS dizer o que sempre diz, a qual, genericamente, nada avisa, nada prevê, mas, depois, fala de tudo como se não tivesse culpa rigorosamente alguma, estamos, hoje, aqui a avisar.
Que medidas concretas tem V. Ex.ª previstas para um dado objectivo, como a realização, em Portugal, do Euro 2004, que, devido às infra-estruturas desportivas e de acesso que acarreta, leva à necessidade de importação de mão-de-obra que, como todos os agentes políticos do seu Governo e alguns desportivos reconhecem, tem vindo em condições infra-humanas, quer de África quer do leste da Europa, e que chega a Portugal sem condições rigorosamente nenhumas. Não será melhor, Sr. Ministro, que essa mão-de-obra entre de uma forma controlada, que tenha em Portugal a dignidade suficiente para contribuir para a nossa sociedade e para também dela fazer parte de pleno direito do que estar a camuflar uma situação e a criar o tal «barril de pólvora» de que há bocadinho o Presidente do meu partido falava? «Prever» é hoje a palavra, porque se a situação, relativamente às pessoas que estão nesta contingência, hoje já é grave será muito maior se, como tudo indica, os números das pessoas envolvidas continuarem a aumentar.
Sr. Ministro da Administração Interna, desta bancada estamos a falar não em xenofobia mas numa coisa diferente, em dignidade, porque é de dignidade que estamos aqui a tratar.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. Faça favor de concluir.

O Orador: - Sr. Ministro, para terminar, pergunto-lhe que medidas concretas para esta situação, para os imigrantes ilegais de hoje que queremos legais amanhã, nomeadamente aqueles que visam entrar em Portugal nos próximos anos?

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, para responder aos três pedidos de esclarecimento, o Sr. Ministro da Administração Interna, que dispõe, para o efeito, de 5 minutos.

O Sr. Ministro da Administração Interna: - Sr. Presidente, em relação à questão que me colocou o Sr. Deputado António Montalvão Machado, quero dizer que, provavelmente, por defeito meu decerto, não me devo ter exprimido como devia ser. Justamente aquilo que eu