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queria dizer ou aquilo que penso que disse foi aquilo que o Sr. Deputado repetiu, ou seja, que, apesar de haver números de estabilização, estamos preocupados e a tomar medidas no sentido de lhe fazer face. Mas admito que tenha sido, seguramente, defeito meu.
Quanto às medidas concretas que anunciei a nível nacional, elas começam, naturalmente, pelas duas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto: a desconcentração territorial ao nível das esquadras, a libertação dos efectivos do trabalho administrativo e das notificações, e do apoio judicial. No caso de Lisboa, isto significa, no primeiro caso, cerca de 250 elementos e, no segundo, 207 elementos; e no caso do Porto, isto significa 120 e 60 elementos. Portanto, são medidas concretas que já estão tomadas, já estão no terreno, Sr. Deputado. Já andam os homens em giro.
Em segundo lugar, no que toca às esquadras, como lhe disse, uma será inaugurada em breve e a outra activei-a na sexta-feira passada, em Vila Nova de Gaia. E as zonas de cooperação entre a PSP, a GNR e a patrulha a cavalo estão a ser feitas nas cidades de Lisboa e do Porto. Já estão a ser feitas nas cidades de Lisboa e do Porto.
O Sr. Deputado Telmo Correia fez, antes de colocar-me duas questões, uma consideração à qual eu gostaria de responder ou, pelo menos, de dar uma nota. Quando o Sr. Deputado diz que perdemos, nós, rua a rua, não é perdemos nós, é perdemos todos,…

Vozes do CDS-PP: - Claro!

O Orador:- … rua a rua, porque encaramos a questão assim. Portanto, é um problema que, a existir, é de todos, e todos temos de o debater.

Vozes do CDS-PP: - Claro!

O Orador: - Em relação à questão das esquadras, quero-lhe dizer, com muita clareza, que há pouco dei números sobre os concursos lançados, agora vou dizer o que é possível, este ano de 2001, em termos de instalações da GNR e da PSP, pôr a funcionar: são 11 novas esquadras da PSP e postos da GNR e 30 remodelações. Tudo isto durante o ano de 2001.

O Sr. Carlos Encarnação (PSD): - São as mesmas ou são novas?

O Orador: - São 30 as remodelações durante o ano de 2001.
No que diz respeito à investigação criminal e à necessidade de formação e de…

Vozes do CDS-PP: - Diga as zonas!

O Orador: - Quer saber as zonas?

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): - Sim!

O Orador: - Se lhe responder, depois não tenho tempo para responder ao Sr. Deputado Sílvio Rui Cervan, a quem gostava de responder. No entanto, posso dar-lhe este papel.
Sr. Deputado Telmo Correia, quanto à investigação criminal e à necessidade de agentes de investigação criminal, são naturalmente precisos e há formação nesta área. Há um calendário combinado entre a PSP e a PJ, no quadro do Conselho Coordenador de Investigação Criminal, justamente no sentido de ajustar os calendários da transição por forma a não retirar à rua os efectivos que são necessários. Como sabe, e já uma vez conversamos sobre esta matéria, este calendário será feito até ao final de 2001.
O Sr. Deputado Sílvio Rui Cervan coloca ainda uma questão da maior importância para Portugal e que o Governo tem encarado com muita seriedade e como da maior prioridade. Como sabe, há pouco tempo, foi publicada a nova lei de imigração, que, entre uma «política de porta aberta total e completa» que só pode favorecer, no interior do País, o recrudescimento de sentimentos de racismo e de xenofobia e uma «política de porta fechada da Europa-fortaleza»,…

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): - Nós não a defendemos

O Orador: - … é uma solução equilibrada, é uma solução ponderada e que visa justamente aquilo de que se falava há pouco; ou seja, ajustar as necessidades do trabalho, ajustar o fluxo de imigração às necessidades do trabalho. Para quê? Para que os imigrantes que entrem em Portugal tenham um enquadramento legal, para que sejam absorvidos pelo mercado de trabalho e para que, por essa via do enquadramento legal e da absorção no mercado de trabalho, possam ter a dignidade social que corresponde à sua vida, ao valor da sua vida e, mais do que isso, aos valores universalistas que Portugal, há muito, tem.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, terminados os pedidos de esclarecimento, tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Miguel Macedo.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Ministro da Administração Interna, Srs. Deputados: O PSD tem insistido, de forma permanente e insistente, nos problemas de segurança do País. Não é de agora que o PSD chama a atenção do Governo para esta questão, e não é de agora, também, que alertamos a opinião pública para as consequências de uma política que, do nosso ponto de vista, tem sido errática, feita em submissão a critérios de oportunidade política e não em obediência aos princípios que estruturam um Estado direito democrático.
Entendemos que os governos socialistas, neste domínio, não fizeram mais do que variar e variar permanentemente de política. Vaguearam ao correr dos tempos assinalando e predominando mais em determinadas teclas naquilo que entendemos serem conveniências de momento. E este tipo de política ou, melhor dito, esta ausência de política de segurança tem custos e a factura que estamos hoje a pagar é pesada e dolorosa.