O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 56

20

fora, como o Bloco de Esquerda, que quis ficar de fora. São escolhas próprias de quem nunca será partido de

Governo e para quem quanto pior melhor, para, porventura, vender a sua doutrina.

Aplausos do PSD.

Mas, Srs. Deputados, o que é que nos distingue hoje, fevereiro de 2013, de fevereiro de 2011? Em

fevereiro de 2011, o País estava sem credibilidade; em fevereiro de 2011, o País não se conseguia financiar

nos mercados; em fevereiro de 2011, estávamos em vésperas de bancarrota, da incapacidade do País para

assumir os seus compromissos, internos e externos, e não havia dinheiro para pagar ordenados e pensões,

para utilizar a expressão do, então, Ministro Teixeira dos Santos.

Em fevereiro de 2013, o País reganhou a credibilidade externa; em fevereiro de 2013, o País tem acesso

aos mercados, como hoje se viu, e consegue financiar-se para além da troica.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Isto faz toda a diferença! É que, há dois anos, perdemos a nossa margem

de liberdade, tínhamos de negociar todas as medidas, uma a uma, todo o ajustamento tinha de ser negociado

com os nossos credores. Hoje, em fevereiro de 2013, podemos continuar a ter de negociar com os nossos

credores, mas sabemos que podemos financiar-nos para além dos nossos credores, e isto faz toda a diferença

quanto aos períodos de ajustamento terminarem no próximo ano ou poderem ir mais além.

E os ganhos de credibilidade, que ficaram evidentes na quinta avaliação, quando permitiram a Portugal

estender os limites do défice e obter mais um ano para o ajustamento, sem a troica, irão permitir novamente —

estamos seguros —, porque a credibilidade está reconquistada, alargar o prazo do ajustamento, precisamente

porque este Governo não é insensível à realidade. Este Governo, ganha a credibilidade, percebe o problema

da recessão, percebe o problema do desemprego e, por isso mesmo,…

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Como estava a dizer, este Governo, depois de ganha a credibilidade, percebe o problema da recessão,

percebe o problema do desemprego e, por isso mesmo, está a tomar medidas que possam conduzir àquilo

que todos desejamos, ou seja, a que a economia cresça e a que seja criado emprego, mas não emprego

público, emprego através das empresas, porque são estas que, verdadeiramente, têm de criar postos de

trabalho e riqueza no País. Isto consegue-se melhorando as condições de financiamento, propondo medidas

de apoio ao investimento e um ajustamento mais suave. É isto que vamos fazer, Sr. Deputado, e o Bloco de

Esquerda devia estar ao lado do Governo neste êxito para a nossa economia.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Duarte Pacheco, deixe-me começar com

um ponto prévio, porque sabe tão bem quanto eu que é falsa a chantagem de que, em 2011, não havia

dinheiro para salários e para pensões. É falso!

Aplausos do BE.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Falem com o PS! Foram eles que o disseram!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Devemos dizê-lo com todas as letras: é falso!

O Sr. Deputado sabe tão bem quanto eu que o dinheiro necessário para salários era inferior às receitas

fiscais…