25 DE OUTUBRO DE 2013
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Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — A Mesa foi informada que houve uma transferência, de 3 minutos, da
bancada do PSD para a bancada do Governo. Essa transferência ainda não está refletida no quadro
eletrónico, mas, assumindo que tal é verdade, tem a palavra o Sr. Ministro da Administração Interna para
responder ao Sr. Deputado João Lobo.
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Sr.ª Presidente, se me permitirem, como na altura já não
tinha tempo para o fazer, responderei agora também ao Sr. Deputado Pita Ameixa no curto tempo de que
disponho.
Começando pelo Sr. Deputado João Lobo, devo dizer que, de facto, o aspeto por si referido é
absolutamente crucial.
Srs. Deputados — e isto não é «sacudir a água do capote» porque quem está na linha da frente neste tipo
de situações é sempre quem quer que esteja no lugar de ministro da Administração Interna, este ou outro,
sempre foi assim —, a proteção civil e o combate aos incêndios estão no fim da linha de tudo o que se fez
mas, sobretudo, de tudo o que não se fez nas outras áreas da prevenção e do ordenamento florestal, que,
todos concordamos, é absolutamente necessário para minorar ou conter os efeitos dos grandes incêndios.
Esta não é uma situação exclusiva de Portugal. Por exemplo, este ano, e também no ano passado, na
nossa vizinha Espanha houve gravíssimas ocorrências com incêndios; neste momento, na Austrália, todos os
dias vemos trágicas ocorrências neste domínio; e nos países que, em geral, tem climas mais propícios ao
acentuar desta severidade meteorológica, como é o caso dos países mediterrânicos, isto tem acontecido com
alguma frequência. E não quero recordar a situação dramática ocorrida na Grécia há três ou quatro anos em
que houve muitos mortos.
Significa isto que devemos baixar os braços e dizer que não há nada a fazer? Não! Temos muito que fazer
e muito a corrigir. Por isso, Sr. Deputado João Lobo, a articulação e o entendimento encadeado de políticas
setoriais é absolutamente fundamental.
Devo dizer, Sr. Deputado, que, do ponto de vista dos fogos florestais, os bombeiros, a estrutura da
proteção civil, qualquer que seja o titular, serão os primeiros beneficiários dessa prevenção estrutural na
floresta portuguesa.
Srs. Deputados, quero recordar — e o Sr. Deputado Miguel Freitas recorda-se, com certeza, desse debate
que tivemos no ano passado — que, no ano passado, a propósito do incêndio do Algarve, a páginas tantas,
num dos relatórios técnicos que foram feitos (foram feitos dois), identificámos esta situação: em 2003, estava
prevista a construção de 250 km de faixas de contenção no Algarve e estavam construídos 52 km, ao fim de
todos aqueles anos. Esta é que é a situação.
Portanto, temos de identificar, diagnosticar e concretizar.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Queira concluir, Sr. Ministro.
O Sr. Ministro da Administração Interna: — São estes os pontos relevantes.
Ao Sr. Deputado Pita Ameixa, direi que já tinha feito uma intervenção sobre essa matéria e penso que
temos todos a ganhar em tratar com ponderação e responsabilidade as matérias relativas às forças de
segurança.
O Sr. Deputado fez uma provocação parlamentar, que encaixo com fair play, que foi dizer: «Pensei que o
Sr. Ministro da Administração Interna tinha peso político para não consentir que o seu orçamento tivesse os
cortes que teve este ano».
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Queira concluir, Sr. Ministro.
O Sr. Ministro da Administração Interna: — Sr. Deputado Pita Ameixa, essa sua provocação parlamentar
tem graça, mas tinha todo o cabimento se o Sr. Deputado, em 2012 e no fim de 2011, tivesse dito aqui que o