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25 DE OUTUBRO DE 2013

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Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Antes de prosseguirmos, queria dizer à Câmara que o respeito pelo

Regimento é uma forma de respeito pelas Sr.as

e pelos Srs. Deputados. Penso que os tempos que são

atribuídos não podem ser considerados apenas uns pormenores.

O tempo que foi contado para a resposta da Sr. Ministro foi interrompido, por conseguinte penso que a

Mesa deverá considerar que esta intervenção do Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais foi, na

verdade, uma intervenção. Pode parecer um pormenor, mas penso que é mais curial assim e que, desta

forma, as coisas ficam mais corretas, porque houve, de facto, uma interrupção da contagem do tempo.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Marques.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo:

Neste tempo que o País atravessa, este é um debate sobre escolhas, sobre escolhas políticas. É um debate

sobre a escolha entre um modelo de favorecimento da concorrência fiscal — que pode ser, inclusivamente,

predatória e que tem, aliás, enormes riscos, porque é muito fácil o vizinho do lado ter o mesmo comportamento

e favorecer também os mecanismos de concorrência, e no fim só temos uma negativa, porque todos

perdemos receita, porque todos tributámos menos rendimentos, neste caso o rendimento de capital — e a

escolha que se estava a fazer na Europa, e que Portugal, com este caminho da proposta que o Governo

apresentou, parece abandonar, a escolha da harmonização, nomeadamente na tributação de capital.

Esta é uma escolha também de favorecimento de tributação às grandes ou às pequenas empresas — é

claro que é, Sr. Secretário de Estado!

Com a proposta do Partido Socialista, podemos reduzir para metade a taxa de IRC das pequenas

empresas.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — E o custo orçamental da nossa proposta é muito inferior ao do

Governo, permitindo, por exemplo, cortar muito menos ou não cortar pensões de sobrevivência, só para lhe

dar um exemplo.

Aplausos do PS.

É uma escolha entre tributação de grandes empresas, que são as grandes pagadoras da taxa de 25%, as

grandes pagadoras de IRC, ou concentrar toda a redução e reduzir muito mais, com menos custo orçamental,

só para as pequenas empresas. É uma escolha, ao fim e ao cabo, entre baixar impostos para grandes

empresas, sobretudo, e cortar rendimentos, cortar pensões, a partir de 419 € e ou 600 €.

O Sr. Secretário de Estado falou de um outro tempo de alteração de IRC. Quero falar-lhe da coincidência

temporal de os senhores, ao mesmo tempo que esmagam a procura cortando salários e pensões, quererem

cortar o IRC das grandes empresas em Portugal — essa é também uma escolha que fazem na proposta.

Aplausos do PS.

Mas, Sr. Secretário de Estado, Sr.ª Ministra, Srs. Ministros, o PS não se furta ao debate, não se furtará ao

debate na especialidade. O PS reconhece que a maioria viabilizou, com a abstenção, as nossas propostas

para descerem à especialidade, para serem debatidas ao mesmo tempo desta. Faremos o mesmo,

reciprocamente favoreceremos o debate, mas queremos deixar claro desde já, de que lado estamos nestas

escolhas.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Se esta fosse a votação final e o debate final deste projeto,

votaríamos contra.