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I SÉRIE — NÚMERO 14

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O Sr. Mota Andrade (PS): — Claro!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Nós não apoiamos a redução da taxa máxima de IRC! Nós não

apoiamos o favorecimento dos esquemas de planeamento fiscal, como é o participationexemption, como é o

regime de grupos económicos!

Nós não podemos apoiar, nestes moldes, estas propostas, mas favorecemos o debate na especialidade.

Temos propostas que são, do nosso ponto de vista, as corretas para as pequenas e médias empresas —

até 12 500 € de lucro —, aí, sim, de redução para a metade do valor desse IRC, com menos custo orçamental,

com menos custo de cortes de rendimentos e de pensões; favorecemos a nossa proposta relativamente ao

reinvestimento de lucros, aos suprimentos; temos propostas concretas só dirigidas às pequenas empresas, às

muito pequenas empresas.

No tempo em que estamos, é uma diferença muito grande, em Portugal, favorecer a redução dos impostos

das muito grandes empresas, como é feito na proposta do Governo, ou favorecer a liquidez, a capitalização

das pequenas empresas, que é aquilo que o Partido Socialista escolhe e pelo que vamos lutar no debate da

especialidade.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Mas deixamos claro que se agora estivesse em causa a votação final

não podíamos fazer outra coisa senão votar contra.

Esperamos, pois, uma grande mudança desta proposta no debate da especialidade.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de

Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Em primeiro lugar,

desejo salientar a posição construtiva do Partido Socialista. Isso é o mais importante.

Nós tivemos a mesma postura construtiva em relação às propostas do Partido Socialista, diria, até, um

pouco mais construtiva relativamente ao conteúdo das mesmas. Mas isso só pode ser, naturalmente

conciliado na especialidade.

O Sr. Deputado Pedro Jesus Marques levanta uma questão muito importante: a questão da harmonização

ou da competição fiscal ao nível europeu. Temos de perceber que, ao nível da fiscalidade, não podemos

cometer erros que a Europa já cometeu no passado, porque não podemos passar o tempo a queixarmo-nos

de que quando a Europa dá determinados passos não prevê os problemas que podem surgir: por exemplo,

quando cria uma moeda única, aposta numa moeda forte e, depois, as economias mais fracas não têm

capacidade para aguentar uma moeda tão forte como é o euro, e agora acharmos que, do ponto de vista

fiscal, podemos fazer uma harmonização fiscal em que o prejuízo é das economias que têm menos potencial à

partida, ou seja, fazer uma harmonização fiscal à custa dos países que têm mais dificuldade. Isso não faz

qualquer sentido, Srs. Deputados!

O facto de querermos trabalhar e construir um projeto europeu não pode, nunca, significar que esse projeto

europeu é feito e definido por aqueles que têm a liderança do ponto de vista económico e é sempre feito à

custa daqueles que, depois, têm mais dificuldade em convergir com essas soluções que são criadas pelas

economias mais fortes.

Depois, também temos de perceber outra coisa. Os Srs. Deputados da oposição dizem que nos inquéritos

às empresas a procura é o dado essencial. É agora e foi sempre, Srs. Deputados!

A Sr.ª Teresa Anjinho (CDS-PP): — Muito bem!