10 DE ABRIL DE 2014
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O Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Economia: — Finalmente, queria dizer-lhe, em relação ao
aspeto que referiu da atividade e das incompatibilidades, que a reserva da atividade funerária caiu, como
sabe, em 2010, com a aprovação do Decreto-Lei n.º 109/2010, de 14 de outubro.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — E vai daí…
O Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Economia: — Portanto, o regime das incompatibilidades
mantém-se inalterado.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Está enganado!
O Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Economia: — Em 2011, este regime já não abrangia as
associações mutualistas relativamente à atividade funerária. As razões que levaram, em 2011, a aplicar as
incompatibilidades exclusivamente às agências funerárias privadas mantêm-se, abrangendo novos
prestadores de serviços. Portanto, esta proposta limita-se, Sr. Deputado, a tornar clara uma exceção que
sempre existiu, desde a criação do regime das incompatibilidades.
Protestos do PCP.
Mas mais: veio aprovar um regime de incompatibilidades que era, ao fim e ao cabo, inconsequente e não
lhe correspondia qualquer regime sancionatório, o que o presente diploma vem, claramente alterar.
Sr. Deputado, em três tempos lhe respondo: primeiro, direito de escolha; segundo, qualidade de serviço;
terceiro, renovada oportunidade de negócio.
Em relação à implicação e aos custos de contexto, julgo que não há nada como simplificar e aumentar a
concorrência para dar ensejo a que o empresário possa, através do seu esforço, do seu trabalho e do seu
risco, conseguir aumentar o seu negócio. E relembro que as empresas pequenas querem vir a ser empresas
grandes.
Portanto, este Governo quer facilitar a vida aos empresários. Por exemplo, no que se refere ao aumento do
horário, para alguém que queira, em dezembro, aumentar o horário do seu negócio em mais uma hora, certas
câmaras pedem um montante que me parece exorbitante para poderem trabalhar uma hora a mais.
Dou ainda o exemplo de uma cabeleireira que, na Amadora, quer trabalhar uma hora a mais e paga 125 €.
Pergunto: isto faz sentido?
Outro exemplo: alguém que quer encerrar o seu negócio, que já está mal, teve dificuldades e quer
recomeçar a sua vida, ainda tem que pagar à câmara um montante para poder fechar o seu negócio.
A clareza do documento, por um lado, a clareza da forma como está exposto, e a redução de custos de
contexto vão ajudar a uma maior produtividade dos nossos empresários.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro) — Inscreveu-se, para intervir, a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua, do
BE, a quem dou a palavra.
Faça favor.
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.ª e Sr. Secretários de Estado, Sr.as
e Srs. Deputados,
a proposta apresentada, que hoje aqui debatemos, merece-nos dois tipos de comentários: o primeiro diz
respeito ao seu conteúdo e o segundo diz respeito à sua forma, à sua metodologia de discussão.
Gostaria de começar pelo conteúdo. A proposta apresentada visa a criação de um regime jurídico a aplicar
aos setores do comércio, dos serviços e da restauração. Destaca-se, nesta proposta, a redução das
obrigações burocráticas, ao nível de licenciamentos, autorizações, taxas, etc., a liberalização da época de
saldos, a liberalização dos horários, mas também a introdução de novas obrigações, nomeadamente ao nível
da restauração, com as questões associadas à videovigilância, e ainda mudanças na forma como setores