6 DE ABRIL DE 2017
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Ainda hoje se discutem iniciativas da União Europeia, designadamente o Ponto de Contacto Único e as decisões
Prüm. Sei que já foram aprovadas em Conselho de Ministros, mas este Parlamento ainda não tem conhecimento
nem de um nem de outro, e nós precisamos saber.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Ainda hoje — Sr. Presidente, permita-me que insista —, o PSD insiste
nos órgãos próprios, seja no Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa,
seja no Conselho Superior de Segurança Interna, para que o tema dos metadados se transforme numa iniciativa
legislativa que possa ter êxito.
Por isso, pergunto ao CDS se devemos ou não ir mais longe nas medidas a tomar no combate ao terrorismo.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder a estes dois pedidos de esclarecimento, tem a
palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Sandra Cunha,
agradeço as perguntas que colocou e queria dizer-lhe que, de facto, como ainda agora o Sr. Deputado Fernando
Negrão lembrou, o nosso foco neste debate é sabermos se, perante uma ameaça, que é global e europeia, nós,
portugueses, responsáveis do Governo e responsáveis parlamentares, fizemos tudo aquilo que, dentro dos
nossos valores e sem abdicar dos mesmos, podemos fazer para garantir a melhor proteção aos nossos
concidadãos. É este o nosso ponto, e não mais do que isso.
Posso partilhar muitas das suas críticas ao regime russo, posso achar, como a Sr.ª Deputada acha, que é
dramático aquilo que aconteceu na Síria e que é revoltante a utilização de armas químicas. Posso concordar
com isso e achar até que alguns desses conflitos internacionais não estão a ajudar-nos a pôr o foco onde
devemos pô-lo, designadamente no combate ao terrorismo. Essa é outra discussão, é outro debate e é outra
matéria.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Em relação à matéria que estamos a discutir, devo dizer que achamos
que os homens dos nossos serviços e forças de segurança que estão no terreno — que estão nas freguesias,
que estão na rua, que estão nos bairro — devem ter formação básica de deteção de elementos de radicalização
e de perigo terrorista. Concordam ou não concordam?
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — É uma pergunta tão simples como esta.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Já têm!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Mas não chega a todos. Chega a algumas forças de elite e a algumas
unidades especiais, mas não ao policiamento de proximidade, Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.
Concordam ou não concordam? Achamos que se deve garantir que todas as infraestruturas críticas do País,
sejam de abastecimento de energia, sejam outras — e respondo também ao Sr. Deputado Fernando Negrão —
, devem ter planos de segurança e planos de emergência aprovados. Devemos saber quantos faltam e aprová-
los. Concordam ou não concordam?
Consideramos que os nossos aeroportos internacionais devem ter planos de segurança e que as forças de
segurança, quando atuam no aeroporto, devem, por exemplo, conhecer toda a sua configuração e saber, muitas
vezes porque não sabem — é o que nos dizem —, o que está por detrás de um determinado biombo. Eles
conhecem aquela zona, mas não sabem como lidar numa situação de emergência num aeroporto.