I SÉRIE — NÚMERO 72
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Consideramos que os nossos planos de proteção da costa, seja o Costa Segura, seja o SIVIC (Sistema
Integrado de Vigilância Costeira), devem ser integrados e não devemos ter dois planos concorrenciais,
desperdiçando energia e com isso gastando, inclusivamente, meios.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Consideramos que quem tiver adquirido, por exemplo, a nacionalidade
portuguesa e for condenado por terrorismo deve perder a nacionalidade portuguesa por ser tido condenado num
tribunal por esse crime.
Por último, e em relação aos metadados, passo a citar um parágrafo do RASI: «Nos últimos anos, têm vindo
a ser recolhidos e avaliados indícios que dão conta do agravamento de alguns fatores de risco, indícios já
detetados no nosso País». Ou seja, o RASI, que é feito com a colaboração dos nossos serviços de informação,
diz-nos que há fatores de risco e que há um agravamento desses fatores de risco.
Mostro-vos um mapa da Europa — o mapa é pequeno, não o trouxe ampliado, desorganização minha —,
onde se vê um pequeno quadrado vermelho, que é Portugal, e em que tudo o resto está assinalado a verde. Ou
seja, de acordo com este mapa, Portugal é o único País da Europa que não tem serviços de informação com
acesso a metadados. Srs. Deputados, acham ou não que isto deve ser resolvido?
Sr. Deputado Fernando Negrão, temos um conjunto de propostas feitas, aliás temos sete propostas em cima
da mesa…
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. TelmoCorreia (CDS-PP): — Termino, Sr. Presidente, dizendo que não temos a pretensão de
apresentar a quinta maravilha para o sistema de combate ao terrorismo, apenas damos o nosso contributo.
Estamos dispostos a ouvir todos os contributos e o que desejamos, Sr. Deputado Fernando Negrão, é que
haja um consenso largo e suficiente nesta Câmara para que o problema se resolva.
Sabendo o Governo que até o PSD e o CDS estão disponíveis para esse consenso, só não percebo como é
que não avança e não resolve este problema. É que há um ano e tal que esse problema está a ser estudado.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma declaração política, tem a palavra a Sr.ª Deputada
Carla Cruz.
A Sr.ª CarlaCruz (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O PCP rejeita a natureza, os objetivos e os
propósitos inscritos no Acordo Económico e Comercial Global entre a União Europeia e o Canadá, conhecido
por CETA.
Esta rejeição resulta do facto de este Acordo atentar contra a soberania nacional, os interesses dos povos e
os direitos sociais, laborais e democráticos.
Portugal deve aprofundar as suas relações com outros Estados e povos numa base de cooperação, de
respeito mútuo pelos princípios do Estado de direito democrático, pela soberania nacional e pelos objetivos de
desenvolvimento e de progresso social e económico dos países e dos povos.
Isto significa recusar imposições que nos são feitas de forma antidemocrática, correspondendo aos
interesses das multinacionais, e significa também recusar as políticas isolacionistas defendidas por outros.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!
A Sr.ª CarlaCruz (PCP): — O CETA não é um simples acordo de comércio e não visa apenas abolir pautas
aduaneiras. O CETA tem como grande objetivo nivelar por baixo os direitos sociais, laborais, de segurança
alimentar e de saúde pública, procurando impedir os Estados e os cidadãos de defenderem os seus interesses
e impondo um instrumento jurídico que se sobreponha às jurisdições e instituições soberanas dos Estados,