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I SÉRIE — NÚMERO 82

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ponto de situação relativamente à contratação de meios aéreos, à aquisição de viaturas, enfim, à aquisição dos

equipamentos.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Esteve durante 5 horas para não dizer nada!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Chamo a atenção de que o que estamos a discutir é algo absolutamente

extraordinário: uma força que foi criada em 2006 com 500 ou 600 elementos — na altura, até com menos, com

trezentos e poucos elementos — e que, ao longo destes anos, pouco cresceu duplicou os seus elementos em

muito poucos meses. Este é um esforço absolutamente extraordinário, que só a Guarda Nacional Republicana

poderia conceber, com a sua capacidade de mobilização e de organização e com o esforço financeiro

extraordinário que estamos a fazer.

Chamo a atenção que quando, em 2005, a Espanha decidiu levantar uma força especial de natureza militar

de combate aos incêndios levou quase sete anos a constituí-la. A primeira fase do GIPS foi constituída em seis

meses e esta segunda fase está a ser constituída em menos tempo.

Portanto, o que a Sr.ª Deputada diz ser atraso eu diria que são, porventura, as dificuldades de uma ambição

excessiva que foi colocada relativamente a ter tudo pronto no próximo dia 15 e o que estamos agora a discutir

é se será a 15, a 20, no final do mês ou em meados do próximo mês de junho. Portanto, o esforço que está a

ser feito é enorme.

Mas, Sr.ª Deputada, devo dizer-lhe que até fico surpreendido que Os Verdes ponham o enfoque da questão

nos elementos de combate, porque acho que a grande conclusão, a mais importante e que ninguém pode

ignorar, que consta, aliás, da relação da Comissão Técnica Independente, é que o grande investimento que tem

de ser feito é a montante, é na prevenção: na reforma estrutural da floresta, na limpeza da floresta.

Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.

Sr.ª Deputada, sejamos claros: se não fizermos esse trabalho — e é aí que temos estado a concentrar os

nossos esforços —, os meios serão sempre insuficientes perante as necessidades. Até podemos ter o dobro

dos elementos do GIPS, podemos ter o dobro dos bombeiros voluntários, podemos ter o dobro dos meios

aéreos, mas se as condições no terreno não forem alteradas os meios serão sempre insuficientes.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — E nós já alertámos para isso!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Ora bem, Sr.ª Deputada, eu não queria insultá-la, mas era mesmo isso. Eu

estava nesta desagradável posição a dizer aquilo que pressupunha que fossem Os Verdes a dizer ao Governo.

Portanto, é essa a nossa prioridade.

Mas nós não ignoramos que a prevenção não é tudo e que é necessário termos meios e robustecê-los.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Ah, vá lá!…

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Deputada, foi por isso que decidimos reforçar o GIPS, que criámos há 10

anos foi criado e que, durante estes anos, não foi reforçado; foi por isso que assinámos mais 79 equipas de

intervenção permanente dos bombeiros voluntários; foi por isso que estamos a abrir concurso para admissão de

mais 200 elementos para reforçar os guardas florestais, para reforçar os vigilantes da natureza, para reforçar o

CNAF (Corpo Nacional de Agentes Florestais), para reforçar todos os meios de vigilância.

Foi por isso que, já na semana passada, entraram em funcionamento os mecanismos de vigilância através

das torres de vigia.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Peço-lhe que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou já concluir, Sr. Presidente.

Este esforço enorme que está a ser feito é precisamente porque todos temos razões para estar preocupados.

E depois de tudo isto estar concluído, mesmo quando os homens estiverem todos formados, equipados, com as