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II SÉRIE — NÚMERO 102

Pelos números alinhados neste quadro verifica-se, emobra com tendência regressiva, uma excessiva concentração das exportações de conservas de sardinha para os países da CEE.

Com efeito, os nove países do Mercado Comum absorveram, nos três primeiros anos em análise, cerca de 66 % do total exportado, 57,2 % no período de 1976-1978, e 56,1 % em 1978-1980.

Conclui-se ainda dos valores apresentados que o preço médio de exportação tem vindo a aumentar substancialmente em termos de escudos, acréscimo este devido, fundamentalmente à desvalorização da nossa moeda, no decorrer dos últimos anos.

Assim, enquanto em 1973 o valor médio por quilo de conservas de sardinha exportadas, para os países do Mercado Comum foi de 37$16, nos anos de 1975 e 1976 já atingiu, respectivamente, 38S42 e 39$81.

A partir de então a subida de preço foi espectacular, uma vez que alcançou 70$04/kg, em 1978, passando em 1979 para 86$18/kg, chegando mesmo, em 1980, a atingir 94$84/kg, ou seja, duas vezes e meia o preço das conservas de sardinha exportadas em 1973.

Outras espécies de relevo no nosso sector conserveiro são o atum, a cavala e as anchovas, até porque permitem, especialmente o atum e as anchovas, um melhor aproveitamento da capacidade da indústria em períodos de fraca produção de sardinha devido à carência das suas capturas ou à sua qualidade inadequada ao fabrico de conservas.

A fim de encurtar os quadros inseridos nesta análise englobaram-se, num único mapa, os volumes de exportação de conservas de atum, cavala e anchovas, individualizando as exportações para a CEE em comparação com o total exportado de cada espécie.

Exportação de conservas de atum, caveis e anchovas

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Se o grau de dependência dos mercados da CEE já era grande nas conservas de 'Sardinha, no caso da cavala e do atum acentua-se essa dependência dado que, nos últimos três anos, por exemplo, os países do Mercado Comum adquiriram a Portugal 79,4%, 79.4% e 87,1 % das conservas de cavala exportadas e 85,4 %, 90,4% e 81,5% das de atum, respectivamente em 1978, 1979 e 1980, conservas estas que, todavia, em conjunto representaram, na média dos últimos três anos, só cerca de 18,7% da exportação total de conservas de peixe.

A situação quanto às anchovas é diferente, uma vez que são os Estados Unidos da América e os países da EFTA os grandes compradores deste produto, não tendo a exportação para a CEE, em 1980, ultrapassado os 3,7 % do total exportado.

Após a breve análise feita à luz dos números da exportação portuguesa, julga-se de interesse o estudo das importações de conservas de peixe nos mercados da CEE, através das respectivas estatísticas, não se utilizando processo semelhante em relação aos restantes países importadores por insuficiência de elementos.

Comecemos por apreciar as importações de conservas de sardinha, que é, como se viu, a espécie mais importante para a nossa indústria.

Importação de enlatados e conservas de sardinha na CEE, por países de origem

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(o> A partir de 1975 refere-se à Comunidade dos Nove. . . Dados não disponíveis.

Como se verifica através da leitura deste quadro, a importação de conservas de sardinha de Portugal tem vindo a aumentar gradualmente, quer em números absolutos quer relativamente à importação total das mesmas conservas. Assim, enquanto em 1977 o volume de importações de Portugal correspondeu a 38,6 % da importação total, em 1978 foi de 45,6% para, em 1979, as sardinhas portuguesas representarem 41,1 % do total importado pelos nove países do Mercado Comum.