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II SÉRIE — NÚMERO 102

Em 1979-1980 o volume total exportado de conservas de sardinha foi, aproximadamente, de 42 900 t, das quais 89171 para França e 50041 para Inglaterra. Para os países do Médio Oriente forara exportadas, em 1979-1980, cerca de 56801, o que significa um acréscimo de 48 % em relação à campanha anterior, não se apresentando dados para os restantes países, ou grupos de países, por não haver ainda elementos disponíveis.

Das restantes conservas de peixe foram exportadas nas duas campanhas consideradas no quadro acima um total de, respectivamente, 77001 e 7900t.

Feita esta análise das conservas de sardinha pro-curar-se-á, embora mais resumidamente, dar uma idéia do comportamento das restantes espécies que mais directamente interessam ao nosso país.

O quadro a seguir apresentado mostra-nos as importações de conservas de cavala nos países da CEE, nos anos de 1971 a 1978, tendo em conta que, tal como sucedeu para as conservas de sardinha, para 1974 não existem dados disponíveis.

ïrrtportaçâo ete conservas de cávala nos pafses da CEE, por países de orígem

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

(o) A partir deste ano já Inclui os nove países da CEE. . . Dados não disponíveis.

Em 1979 aparece a Dinamarca como primeiro fornecedor dos países da CEE, não se tendo individualizado por se tratar de comércio intracomunitário. Esta posição foi conquistada, fundamentalmente, ao Japão e Espanha, tendo Portugal, como se pode ver dos números acima apresentados, melhorado a sua posição, não só em valor absoluto como em percentagem de valor total importado.

A Itália tem sido o principal comprador das conservas de cavala com 59051, 66351 e 69421, respectivamente, nos anos de 1977, 1978 e 1979. Segue-se-lhe a Alemanha em 1978 e 1979 com 43541 e 37581, a qual aparece em terceiro lugar em 1977, com 35141.

A Bélgica/Luxemburgo em 1977 ocupou o segundo lugar com 36421 e o terceiro lugar em 1978 e 1979 com, respectivamente, 3497 t e 34691.

Às importações oriundas de Portugal corresponde uma posição de destaque no abastecimento dos países do Mercado Comum Europeu, pois as mesmas tradu-zrram-se, nos três últimos anos em apreço, em 15,2 %, 18,6 % e 20,2 %, respectivamente.

Se compararmos os preços de importação das conservas de cavala portuguesas com as de outras origens verificamos que, por exemplo em 1972 (e estes dados são só comparáveis dentro de cada ano), o preço médio

por quilo de cavala de origem portuguesa era de 0,63 UC, enquanto que a japonesa se cotava a 0,62 UC e a de Marrocos a 0,40 UC. Em 1979 estes preços foram de !,87UCE/kg para as conservas portuguesas, 0,87 UCE para as de origem japonesa e 1,40 UCE, para as provenientes de Marrocos. As conservas de cavala da Dinamarca que, como se disse, tem sido o primeiro fornecedor, atingiram, neste ano, o preço de i,68UCE/kg.

Relativamente às conservas de atum portuguesas, verifica-se ser a Itália o seu principal comprador chegando, em' 1980, a absorver cerca de 96% do total exportado para a CEE.

Nos últimos três anos considerados os países do Mercado Comum importaram, respectivamente, 44 155 t, 48 635 t e 53 707 t de conservas de atum, sendo a Costa do Marfim, o Senegal, o Japão e Taiwan os seus mais importantes fornecedores. As quantidades importadas de Portugal foram insignificantes, no conjunto, pois se traduziram por 1,6 %, 1,9 % e 2,8 % do total importado.

É, no entanto, um produto de grande interesse para o nosso país, nomeadamente para os Açores e Madeira, cuja produção de conservas se concentra quase exclusivamente nesta espécie, permitindo a absorção por esta indústria de grande parte da mão-de-obra disponível.

Juiga-se que será possível uma melhoria substancial da posição portuguesa como fornecedora da CEE dado o elevado nível de importação de conservas de atum efectuado pelos países que dela fazem parte.

Uma vez mais se verifica que o preço médio das importações do atum português é o mais elevado, pois em 1979, enquanto as conservas japonesas foram adquiridas a 2.21UCE/kg e as da Costa do Marfim a 2,08 UCE, as de Portugal foram importadas a 2,65 UCE, o que resulta, certamente, da superior qualidade dos produtos oferecidos pela indústria nacional.

As anchovas, de grande interesse para o sector das nossas conservas, em especial no Algarve, pouco representam, como já se disse, na nossa exportação para os mercados da CEE.

Em 1977, 1978 e 1979 os principais fornecedores foram Marrocos com 1473 t, 19851 e 24421, respectivamente, a Espanha com 8801, 5521 e 6301.

O total importado, no mesmo período, foi de 32521, 3567 it e 4120 t, o que significa que Portugal com 871, 1281 e 1581, contribuiu para o abastecimento do mercado da CEE somente com 2,7%, 3,6% e 3,8%, respectivamente, em cada um dos referidos anos. valores estes que abrem grandes perspectivas ao incremento da exportação portuguesa.

O principal comprador desta semiconserva, de entre os países do Mercado Comum, tem sido a França com 2695 t em 1979, seguida da Alemanha com 531 t e da Bélgica/Luxemburgo com 340 t. Em 1977 e 1978 foram ainda estes países os principais importadores de anchovas.

Além destes produtos, de que Portugal tem sido fornecedor até porque não tem produção destas espécies.

Dado, no entanto, tratar-se de produtos concorrentes, julga-se conveniente dar uma ideia das suas importações globais, atendendo ao peso que as mesmas representam no conjunto das importações de conservas nos países da CEE.