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II SÉRIE — NÚMERO 88

quer em termos de complexidade (IRDF), é sempre desaconselhável tanto nos aspectos humanos como técnicos. Contudo, uma sucessão de factos relacionados com o IRDF e a grande necessidade de produção estatística nas áreas agrícola e da população e habitação acabaram por precipitar esta situação, à qual o Instituto Nacional de Estatística procurou responder na medida das suas possibilidades; assim, a execução do IRDF acabou por estar sobreposta à do RAC/79 e foi mesmo necessário terminar a sua execução duas semanas antes do previsto (52) para iniciar a dos Censos-81, uma vez que não havia hipótese de escolher entre o bom e o mau, mas sim entre o mal menor. Deste modo, acumularam-se em trabalhos internos (análise de questionários, codificação, registo, validação e processamento), estas três operações que implicam uma mobilização de pessoal, em especial técnico superior incluindo analistas e programadores, e de meios informáticos, que forçou a definição de prioridades e a inevitável indisponibilidade para as fazer correr em simultâneo e com a rapidez desejável.

Para forçar o avanço dos trabalhos do IRDF, o Instituto Nacional de Estatística tentou, mesmo no exterior, o registo dos dados e a execução de uma parte da programação informática; em relação ao primeiro, houve necessidade de o repetir todo, dado que o nível de erros existente desaconselhava a sua correcção; quanto à finalização e acompanhamento da totalidade da programação, foi destacada uma programadora que, imediatamente a seguir à sua integração efectiva no projecto, teve um acidente grave que a impossibilitou de trabalhar durante vários meses (8), não havendo mais disponibilidades de meios informáticos (humanos) para afectar ao projecto, a menos que se prejudicassem outros de maior importância e prioridade como o RAC/79 e os Censos-81. Além disso convém acrescentar que o IRDF é um inquérito suficientemente complexo e difícil para se conseguir obter uma rentabilidade imediata dos meios humanos a ele afectos.

Entretanto, quanto à capacidade dos meios técnicos informáticos, sublinha-se que, para conseguir processar os Censos-81, foi necessário utilizar os equipamentos de outros serviços da Administração Pública (1FADAP e Instituto de Informática do Ministério das Finanças), o que pode dar uma visão da ordem de grandeza do trabalho existente para o processamento.

3 — Assim, só recentemente foi possível afectar recursos humanos e técnicos a este projecto de modo a imprimir-lhe o impulso desejável para conclusão da análise da base de dados e respectivo processamento. Uma vez que o período de observação do IRDF 80/81 se situa bastante próximo dos Censos-81 (16 de Março de 1981), embora o processo de amos-tragejn se tenha baseado nos Censos de 1970, torna-se absolutamente necessário proceder a um trabalho de análise comparativa, em especial dos dados sócio-de-mográficos, para detectar eventuais desajustamentos, em termos metodológicos e ou estruturais. Além disso, e dado que os apuramentos são efectuados com base em vários ficheiros derivados, a sua compatibilização nem sempre é possível de obter imediatamente, havendo necessidade de pesquisar algumas diferenças detectadas e efectuar as necessárias correcções. Esta fase é das mais difíceis no desenvolvimento de qualquer projecto e carece de uma análise bastante exaus-

tiva e concentrada, além de trabalhosa, para que seja possível passar à fase final do processamento e apuramento dos dados.

4 — Quanto ao ponto 4 do requerimento dos Srs. Deputados, quantificação do investimento efectuado, fornecem-se os seguintes elementos referentes ao investimento plurianual do PIDDAC para este projecto:

Na perspectiva do que foi descrito anteriormente e tal como lhe compete, o Instituto Nacional de Estatística assume inteira responsabilidade pela utilização e rentabilização deste investimento e, se tal for entendido como necessário, pode discriminar toda £ utilização que foi dada a estas verbas.

5 — Em relação ao ponto 5 do requerimento dos Srs. Deputados, informa-se que a metodologia e estrutura do próximo Inquérito às Receitas e Despesas Familiares já está a ser estudada, prevendo-se a sua realização para 1986-1987, dado que em 1985-1986 será realizado o II Recenseamento Industrial e não existe disponibilidade de pessoal para assegurar a execução das 2 operações em simultâneo. Entretanto, a realização do próximo IRDF terá de ser enquadrada no âmbito de um plano global de produção estatística para o decénio, que se encontra em discussão no Conselho Nacional de Estatística.

Além disso, está em estudo a possibilidade de realizar um inquérito ao consumo das famílias que, não sendo propriamente um substituto do IRDF, permitirá tornar este mais leve e fornecer dados específicos de consumo com mais regularidade.

Quanto à periodicidade dos inquéritos homólogos do IRDF noutros países, o Instituto Nacional de Estatística não conhece situações com periodicidade de 2 anos, tal como é afirmado no referido requerimento. Segundo informação do EUROSTAT (Methodology of Surveys on Family Budgets/1980), a seguir se indicam as datas mais recentes de realização deste tipo de inquéritos nos países da CEE:

República Federal da Alemanha—1962-1963;

1969; 1973 e 1978; França— 1965; 1972; 1978-1979; Itália— 1968; a partir de 1975 é anual só para

o consumo;

Holanda — a partir de 1978, com realização permanente e fundamentalmente dirigido ao consumo;

Bélgica—1957

1979 (5.u); Luxemburgo— 1963-1964; 1977; Inglaterra — 1967; 1979;

Irlanda— 1952-1953; 1965-1966; 1973; 1980; Dinamarca—1955; 1963; 1966; 1971; 1976; 1980.

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