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II SÉRIE — NÚMERO 72

Depois porque, a par desse fenómeno, a densi* dade da totalidade das redes viárias é bastante inferior às daqueles países.

O que quer dizer, em suma, que os Portugueses têm, comparativamente, menos quilómetros de estrada e piores condições de circulação.

Resenée-Cinfães — 75 000 para rectificar

O actual governo acaba de inscrever no Orçamento do Estado 2,5 milhões de contos para a beneficiação da rede de estradas no distrito de Viseu.

Daí sairão 75 000 contos para beneficiar a ligação entre Cinfães e Resende, em trabalhos que incidirão, principalmente, em novo tapete betuminoso.

As obras começarão a muito curto prazo e deverão eliminar muito dos buracos que têm feito a vida negra a muitos durienses.

Relativamente a Resende levantam-se, em pleno, as velhas questões que arrastam num impasse esta zona duriense, desde os finais do século passado.

¡Beneficiar e Jigeção a Cinfães e abandonar a 222-2. Uma forma de tapar os olhos aos Resendenses

E se grande quantidade das estradas portuguesas está subdimensionada e não há uma resposta eficaz aos objectivos sócic-económicos dos transportes, como os técnicos reconhecem no preâmbulo do documento que encerra as novas linhas mestras das rodovias portuguesas, que será de Resende se ficar limitada à velhinha 222 que liga Foz Côa a Castelo de Paiva e atravessa o concelho de lés a lés.

Para já está ultrapassada toda a estratégia subjacente à falada ligação da sede do concelho a Bigorne. O seu traçado representava, na prática, a opção do Estado corporativo em unir as sedes de concelho às sedes distritais. Era como que a predominância do centralismo político sobre os movimentos comerciais e até culturais.

A inversão de tal situação é por de mais evidente.

Novo piano rodoviário passa a Resende um atestado de atraso sociopolítico

O Decreto-Lei n.° 360/85 é bem taxativo: «se num regime de centralização administrativa é admissível a existência de tão extensa rede viária subordinada à gestão central, já o mesmo não sucede quando se prossegue uma política de regionalização do País que confere às autarquias um cada vez maior grau de autonomia», pode ler-se no seu texto.

Ao desclassificar a 222-2 o Governo sacudiu a água do capote.

Onde irá a autarquia resendense descobrir mais de meio milhão de contos para levar a efeito esta obra? Ainda mais quando não conseguiu justificar os interesses do concelho, e assegurá-los, de forma a sair-se do coro de lamentações do isolamento, onde também se tem colocado?

E o que será a dotação de 75 000 contos para beneficiar a 222 entre Cinfães e Resende, numa aítura era que a JAE se prepara para lavar as mãos sobre mais de 12 000 km de estradas?

A nova classificação das comunicações públicas divide o País em duas redes: a fundamental e a complementar.

Basicamente não introduz melhorias que penetrem directamente o concelho de Resende e deixa, finalmente, no desengano toda a população resendense.

Em primeiro lugar porque novas vias que Resende necessita para cortar o isolamento e desenvolver têm hipóteses de concretização quase remota.

Depois porque não houve capacidade e destreza da comunidade resendense para fazer valor os seus pontos de vista. Não faltarão os passa-culpas que confundem defesa dos interesses e promoção regional com meras conversas de bastidores, mas isso pouco importará!

A este respeito fica a interrogação que sempre se usa nestes casos:

Só há estradas com desenvolvimento ou só há desenvolvimento com estradas?

Ê, sem dúvida, um bom motivo de reflexão, agora que muito se esclarece sobre anos e anos de espera.

Ausência âz dixâmics de desenvolvimento económico loca! pede ter comprometido o investimento central?

Uma boa oportunidade para reequacionar Resende e as suas necessidades nos transportes.

Agora que o Douro é renavegável, os itinerários principais estão mais perto e certos pés de barro se quebraram, tudo pode acontecer. Ou até nada acontecer, como até aqui!

Mas será que ninguém é capaz de pôr as terras de Resende no desenvolvimento e a par de outras zonas deste Por-ugal de Abril florido? ...

Requerimento n.' 1590/1V (1.*)

Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República:

ê por de mais conhecida a necessidade da via de comunicação rodoviária entre São João de Tarouca e Touro, condição importante para a promoção da melhoria da qualidade de vida das populações e progresso das actividades económicas do norte do distrito de Viseu.

Em meados do ano de 1984 a Junta Autónoma de Estradas anunciava ter sido aprovado o projecto de construção da referida via de comunicação, fazendo depender a respectiva execução de futuras disponibilidades financeiras.

Atendendo à importância desta obra, à circunstância de já terem decorrido mais de dois anos sobre a aprovação do projecto à mesma referente e ainda ao reforço orçamental que beneficiou o sector das obras públicas:

Requeiro ao Governo, através do Sr. Ministro des Obras Públicas, Transportes e Comunicações, informação sobre a data prevista para o início e para o termo das obras de construção da via de comunicação rodoviária que irá ligar São João de Tarouca ao Touro.

Assembleia da República, 4 de Junho de Í986.— O Deputado do ?S, Raul Bordalo Junqueiro.