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5 DE FEVEREIRO DE 2016 69

Explorar a interação mar-ar

É necessário, ainda, adotar uma visão integrada que articule o espaço marítimo e o espaço aéreo nas suas

diferentes potencialidades, afastando de vez, não só a dicotomia terra-mar, como a dicotomia terra/mar-ar. Para

o efeito, o Governo irá:

● Reforçar os meios de regulação do setor aéreo por forma a assegurar que a atividade aeroportuária e do

transporte aéreo se encontrem alinhadas com a estratégia de desenvolvimento nacional e os requisitos de

competitividade para o transporte aéreo em espaço europeu e intercontinental.

24. AFIRMAR O INTERIOR

Unidade de missão para a valorização do interior

O interior de Portugal continental goza de uma posição privilegiada no contexto ibérico que não tem sido

devidamente valorizada em todo o seu potencial de ligação com o resto da Península e, desde logo, nos

territórios transfronteiriços. O «interior» está, afinal, no centro do mercado ibérico, um mercado com cerca de 60

milhões de consumidores e um gigantesco volume de trocas.

Deste modo, o Governo defende que é preciso um novo olhar para o «interior», uma nova visão que

identifique as regiões de fronteira como uma nova centralidade no mercado ibérico e, para tal, promoveu:

● A criação de uma unidade de missão para a valorização do interior, na dependência direta do Primeiro-

Ministro, tendo como responsabilidades criar, implementar e supervisionar um programa nacional para a coesão

territorial, bem como promover o desenvolvimento do território do interior.

Valorização dos espaços de produção

Nas últimas décadas foi feito um grande esforço e investimento na valorização e qualificação dos espaços

de consumo, aumentando a atratividade das cidades, espaços públicos e zonas ribeirinhas, entre outros. Sem

negar a mais-valia destas ações na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e do crescimento do turismo,

torna-se estratégico redirecionar estes esforços de valorização para os espaços de produção do país, em

particular os do interior, que em muitos casos registam um forte declínio e subaproveitamento de recursos, com

potencial para a criação de emprego e riqueza. O Governo pretende, deste modo, priorizar a qualificação e

promoção da atratividade dos espaços de produção, quer do setor primário como do secundário, com vista a

aumentar o emprego, a atratividade para o investimento, o aproveitamento de recursos, a modernização e a

fixação da população, designadamente no interior. Será dada prioridade ao investimento na modernização dos

produtos e infraestruturas de produção endógenas, regionais e, frequentemente tradicionais, de forma a dotá-

los dos requisitos necessários para serem atrativos e competitivos nos dias de hoje, ao mesmo tempo que dão

origem a produtos únicos e com valor acrescentado no mundo global.

Concelhos empreendedores em rede

O Governo vai lançar um pacote de incentivos à partilha de espaços de trabalho e à incubação de empresas

no interior, promovendo a troca de informação, a cooperação e a mobilidade de ideias e pessoas entre diferentes

regiões, contribuindo também para a ocupação, refuncionalização e requalificação de edifícios e espaços

industriais abandonados ou obsoletos.

Plataformas regionais para a empregabilidade

O Governo pretende promover uma articulação reforçada das ofertas formativas das instituições de ensino

superior e de formação profissional com as necessidades das empresas instaladas nos diferentes territórios do

interior, através da constituição de plataformas de diálogo e parceria.

Intercâmbio de conhecimento aplicado entre os centros de I&DT e as comunidades rurais

A inovação e o desenvolvimento tecnológico são essenciais para o crescimento económico e a

competitividade. Os centros de investigação estão cada vez mais no cerne da economia e são os motores da

inovação. No entanto, estes estão maioritariamente localizados nas grandes áreas urbanas e, por vezes, pouco

voltados para as questões, desafios, conhecimento e potencial das regiões mais periféricas, nomeadamente do