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0025 | II Série C - Número 011S1 | 11 de Dezembro de 2004

 

em 2002, em especial numa conjuntura económica nacional e internacional menos propícia, tendo sido ainda salientada a dificuldade associada ao exercício orçamental de 2003.

Capítulo II - Situação Económica e Emprego
Mais e melhores empregos e igualdade de oportunidades são as palavras-chave da política social e de emprego. A União Europeia pretende garantir que ninguém fica pelo caminho à medida que avança para se tornar o espaço económico mais dinâmico e competitivo do mundo baseado no conhecimento. O contexto é uma Agenda de Política Social concebida para conjugar as políticas sociais, económicas e de emprego.
"As principais vertentes da Agenda são:

" A Estratégia Europeia de Emprego.
" A melhoria das condições e dos padrões de vida.
" A inclusão social e a protecção social.
" A igualdade entre homens e mulheres."

Um dos principais objectivos da União Europeia é reduzir significativamente o desemprego e o subemprego até 2010. Actualmente apenas 64% da população em idade activa trabalha. Trata-se de elevar esta percentagem para 70%. A prossecução destes objectivos implica a criação de 22 milhões de empregos na nova União Europeia dos 25 até 2010, em comparação com os seis milhões criados na União Europeia dos 15 entre 1999 e 2003.
A actividade económica mundial registou uma melhoria gradual na segunda metade do ano, observando-se um movimento de recuperação nos mercados financeiros e o retorno da confiança dos agentes económicos, depois de três anos de fraco dinamismo.
A actividade económica na União Europeia apresentou um fraco dinamismo, esperando-se que a recuperação iniciada no segundo semestre do ano se venha a consolidar gradualmente no decurso de 2004.
Na área do euro o PIB registou uma variação trimestral em cadeia de 0.6% no primeiro trimestre de 2004, que compara com 0.4% no trimestre anterior. Esta aceleração da actividade no conjunto da área do euro foi extensiva às três maiores economias. Com efeito, o crescimento em cadeia do PIB no primeiro trimestre de 2004 aumentou de 0.3% para 0.4%, na Alemanha, de 0.6% para 0.8%, em França, e de 0.0% para 0.4%, em Itália. Em termos homólogos, o PIB na área do euro acelerou de 0.6% no quarto trimestre de 2003 para 1.3%.
Deste modo, a recuperação económica da área do euro deverá consolidar-se gradualmente, prevendo-se que o crescimento do PIB acelere de 0,4% este ano para 1,8% em 2004.
Reflectindo o fraco crescimento dos últimos dois anos e a apreciação do euro, a inflação na área do euro permaneceu baixa, desacelerando ligeiramente de 2,3% em 2002 para 2,1% em 2003. Em Abril de 2004, a variação homóloga do IHPC aumentou 0.3 p.p. para 2.0 por cento. Esta subida da inflação deveu-se quase exclusivamente à aceleração dos preços da energia, reflectindo não só o forte crescimento dos preços desta componente no mês de Abril, como também, efeitos de base. A variação homóloga do IHPC excluindo energia permaneceu inalterada face a Março (2.1 por cento).
Relativamente à actividade económica portuguesa, o indicador de sentimento económico para Portugal, divulgado pela Comissão Europeia, apresentou um valor idêntico ao verificado no primeiro trimestre do ano, apesar do ligeiro aumento no mês de Abril relativamente ao mês de Março.
Os indicadores disponíveis sobre a evolução do consumo privado sugerem uma recuperação desta variável. No primeiro trimestre de 2004, o Índice de Volume de Negócios no Comércio a Retalho, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), registou um aumento homólogo nominal de 1.9%, no primeiro trimestre do ano, que compara com -0.5% no último trimestre de 2003. No período de Janeiro a Março de 2004 estas vendas cresceram 4.8%. Em sentido contrário, no trimestre terminado em Abril, de acordo com o Inquérito de Opinião da Comissão Europeia, o indicador de confiança dos consumidores apresentou um ligeiro decréscimo relativamente ao verificado no primeiro trimestre de 2004, reflectindo pequenas reduções dos saldos de respostas extremas relativos às apreciações sobre a situação económica futura e sobre as expectativas de poupança.
Reflectindo a contracção da procura interna e a moderação salarial, o crescimento dos preços em Portugal continuou o processo de abrandamento, tendo a taxa de inflação diminuído de 3,6% em 2002 para 3,3% em 2003.
A situação do mercado de trabalho português deteriorou-se ao longo do ano, em consonância com o normal desfasamento face ao ciclo económico e em linha com a tendência observada desde 2001. A taxa de desemprego aumentou gradualmente, passando de 5,1% em 2002 para 6,4% em 2003. Apesar do aumento da taxa de desemprego, em termos de média anual, o comportamento intra-anual