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19 | II Série GOPOE - Número: 003 | 11 de Novembro de 2008

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Foi! Quer que lhe mostre o relatório? Eu posso mostrar-lhe o relatório! Aliás, vou mandar-lhe a resolução do Conselho de Ministros.
Depois, o Sr. Deputado disse que o PSD tem dirigido vários requerimentos» Bom, Sr. Deputado, eu respondo a muitos pedidos de esclarecimentos que os Srs. Deputados me fazem, aqui, por escrito, etc. e, por isso insisto em dizer-lhe que há, desculpe-me que lhe diga, uma certa mistificação nessa questão, porque o Sr. Deputado deve saber, até porque já foi membro de um governo, que houve um governo que anunciou o projecto da alta velocidade como o projecto mais emblemático para o século XXI e por isso eu não creio que o senhor não tenha estudos sobre a alta velocidade. Não tenho a mínima dúvida disso! Aliás, eu não lhe faço essa acusação, pois o Sr. Deputado deve estar carregado de estudos sobre a alta velocidade para poder fazer uma afirmação dessas. E, além disso, os estudos sobre a alta velocidade, o modelo de negócios, a procura, o planeamento está tudo exposto» Com certeza que o Sr. Deputado não precisa que eu lhe carregue esses estudos da net para uma pen e lhe ofereça uma pen»? Os estudos estão lá todos! Se quer um estudo concreto diga-me que eu digo-me o site onde o pode ir buscar.
Por outro lado, o Sr. Deputado fala sempre nos custos deste projecto. Bom, o Sr. Deputado sabe que os projectos têm duas componentes muito importantes: os custos e os benefícios. Portanto, falar só em custos não significa nada, pois todos os projectos têm custos; a questão que se põe é a de saber se tem mais benefícios do que custos e, como está demonstrado nos custos de viabilidade económica, muitos dos quais vêm do seu tempo, porque, torno a dizer, que o projecto de alta velocidade foi considerado pelo então primeiro-ministro Durão Barroso – de cujo governo, aliás, fazia parte, como Ministra das Finanças, a Dr.ª Manuela Ferreira Leite –, um projecto da maior importância estratégica, um projecto para o século XXI. Foi assim que foi classificado e apresentado ao país com um Powerpoint — Portugal em Movimento.
Portanto, Sr. Deputado, o investimento público é visto em todos os países, e verá que na América também, só que, provavelmente o presidente Obama considerou isso tão evidente e não estava a pensar que precisava de esclarecer o Sr. Deputado, se não, provavelmente, teria falado nisso» Mas, como verá, irá ser uma das prioridades – aliás, já está a ser – para ajudar a recuperar a economia americana.
Srs. Deputados Hugo Nunes e Nelson Baltazar, os investimentos que temos feito no sector dos transportes, que resultam da visão estratégica integrada, que está consubstanciada nas orientações estratégicas para os vários sectores e que agora está a ser concluída no Plano Estratégico de Transportes – aliás, o Sr. Deputado Jorge Costa não deve ter ouvido, mas eu disse que esse plano está em consulta pública até ao princípio do ano que vem e será aprovado no primeiro trimestre do próximo ano –, permitem promover uma mobilidade mais racional, mais sustentável, como nós referimos, porque permite integrar os vários modos de transporte no que respeita às respostas à mobilidade.
Por isso quando encaramos projectos, como temos vindo a fazer no domínio rodoviário, em que cerca de 90% do investimento dessas novas concessões que são lançadas se destinam a ligações no interior e a ligações transversais do litoral interior e do interior à fronteira com Espanha, eles traduzem uma clara opção pela promoção do desenvolvimento das regiões mais atrasadas do nosso país e pela coesão territorial que é necessária estabelecer para que todo o país se possa desenvolver de uma forma mais equitativa.
São já, aliás, conhecidos muitos estudos económicos sobre esta matéria, que referem que o investimento em infra-estruturas de transportes tem uma repercussão na economia em cerca de 5, 7, 8 vezes o valor de cada euro investido e nós temos a visão do que é que se tem passado com a nossa rede de auto-estradas à medida que ela vai ser alargada para ver como é que as regiões, que vão sendo servidas por essa rede, beneficiam muito e têm maior»

Vozes do PCP: — Vê-se, vê-se!

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Sim, vê-se; tanto assim que os Srs. Deputados reivindicam muito mais.
O Sr. Deputado Abel Baptista deve estar distraído, como pôs em hipótese, porque o nosso discurso não é o mesmo. O Sr. Deputado disse que nos dizíamos: «vamos arrancar, vamos arrancar»«. Não! O TGV já arrancou. Não sei se deu por isso» Já foi lançado o primeiro concurso Poceirão-Caia»