O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1406 ACTAS DA CÂMARA CORPORATIVA N.º 77

landades na sua evolução, vem reflectindo nos últimos anos a influência dos factores anteriormente enumerados, com um crescimento de 38 por cento entre 1963 e 1964, embora com ligeiro retrocesso (- 1,5 por cento) em 1966. Os números disponíveis (em milhares de contos), a preços de 1963, são os seguintes,

[Ver quadro na imagem]

A participação do comércio situa-se entre 4,3 por cento em 1962 e 7 por cento em 1965 do total da formação bruta de capital fixo, ou, excluindo desta a parte relativa a «habitação», teremos valores mais elevados, entre 8,2 por cento e 8,9 por cento naqueles mesmos anos

[Ver quadro na imagem]

Para o período do III Plano de Fomento (1968-1973) prevê-se, ao que parece, que o montante total da formação bruta de capital fixo no comércio atinja 10,3 milhões de contos, valor cujas bases de cálculo não conhecemos. Corresponderá, talvez, à extrapolação de valores actuais numa base de crescimento de 10 a 11 por cento ao ano, de acordo com a taxa que se encontrava prevista no Plano Intercalar de Fomento para aquele mesmo período (10,7 por cento), superior, aliás, à pi e vista para a economia em geral (9,2 por cento).
Teremos, pois, uma média anual de 1,7 milhões de contos - variando entre 1,2 e 2,2 milhões -, valores cuja grandeza mostra a necessidade de assegurar financiamentos a médio e longo pi azo que permitam atingir aqueles montantes, inacessíveis ao simples autofinanciamento.

35. Não se encontra também explicitada a natureza desses investimentos, sendo de referir que a repartição dos realizados no comércio, no período de 1952-1958, foi a seguinte

Percentagens
Construções e obras novas 42
Material de transporte 48
Material diverso 10

Obviamente que o conhecimento de repartição dos investimentos agora previstos depende da programação do próprio comércio e será, aliás, essencial para a dos sectores eventualmente fornecedores desses bens, podendo essa programação evitar volumosas importações. E, se é certo que a dispersão do sector comercial, onde predominam unidades de pequena dimensão que realizam investimentos de escasso valor unitário, não tornará operacional a apresentação de uma lista exaustiva de investimentos para o período, a verdade é que alguns projectos de que se fala no capítulo em análise poderiam traduzir-se em números, pelo que, sendo o seu valor relativamente elevado, se reduziria a parte incerta daquele elevado montante de 10,3 milhões de contos.
Será o caso da falada Rede Nacional de Frio, com centros devidamente localizados e dimensionados, permitindo também serem utilizados para produtos diversos (simultaneamente ou em épocas diversas), da rede de transportes frigoríficos (rodoviários e ferroviários) que terá de articular-se com aquela Rede, sob pena de perda de operacionalidade, equipamento diverso de transporte e armazéns (viaturas, empilhadores, gruas, etc. ), equipamento para selecção e embalagem de produtos, quer para o mercado interno, quer para exportação, construção de armazéns, mercados de frutas e matadouros, bem como outros investimentos cuja quantificação não parece impossível.
Aliás, no modo de ver das subsecções seria da programação destes investimentos, escalonados por ordem da sua necessidade económica, que deveria partir-se para o cálculo do investimento em capital fixo, temperado este, embora, depois pelas disponibilidades existentes, face também à escala de necessidades dos restantes sectores.

36. Os recursos financeiros habituais do comércio são o autofinanciamento, o crédito de fornecedores, o crédito comercial corrente das instituições bancárias e, em casos mais raros, nomeadamente para construções próprias, o crédito hipotecário. Quei isto dizer que, à excepção deste último caso, se trata essencialmente, quanto a capitais alheios, de recurso a créditos a curto prazo, o que torna muito perigosos quaisquer investimentos de modernização ou ampliação, cujo período de recuperação é mais ou menos longo. Acontece muitas vezes, porém, que outras fontes mais adequadas não são acessíveis, daí que o problema de financiamento seja resolvido, não por escolha lógica (em termos económicos e financeiros), mas por imposição de única possibilidade.
O autofinanciamento, ainda que menos oneroso, nem sempre é o meio mais indicado para novos investimentos, sobretudo em épocas de crise, em que a sua redução, leva a diferir ou a não realizar transformações que, mais que nunca em tais épocas, se mostram necessárias e permitem até sair de algumas situações de estagnação, dando novo impulso as empresas. Não se conhecem, até agora, números concretos sobre a importância do autofinanciamento na vida económica nacional.
No que respeita ao comércio realizado por sociedades, algumas alterações na Estatística das Sociedades de 1965, recentemente publicada, permitiu fazer ainda que com reservas (resultantes de se tratar do primeiro ano de publicação desses novos elementos e do não conhecimento do exacto significado de algumas rubricas), um cálculo relativo ao financiamento da formação bruta de capital (capital fixo + variações de stocks).

-----------
1 Correspondente a 10 por cento de formação bruta de capital fixo (total) em 1965 e em 1966

Resultados do mesmo Diário
Página 1243:
VII 5 A assistência do Tesouro à província do Cabo Verde não vencerá juro enquanto se mantiver
Pág.Página 1243
Página 1458:
, para as expansões urbanas, reservas naturais e zonas verdes, regionais e locais. O espaço constitui uma preocupação
Pág.Página 1458
Página 1482:
os programas das províncias de governo simples 39 a 125 1) Cabo Verde
Pág.Página 1482
Página 1485:
referentes a cada província. Cabo Verde 1.º Investimento Contos a) Programados
Pág.Página 1485
Página 1490:
), apoio total da metrópole ao financiamento do Plano em Cabo Verde, Guiné e Timor, d) Taxa média anual
Pág.Página 1490
Página 1492:
. A seguir se examinarão os elementos referentes a cada província Cabo Verde l º Investimentos
Pág.Página 1492
Página 1501:
a cada província. Cabo Verde 1.º Investimentos Contos a) Dotação inicialmente
Pág.Página 1501
Página 1506:
ao financiamento dos planos de Cabo Verde (exceptuando o aeroporto do Sal), Guiné, S Tomé e Príncipe e Timor.
Pág.Página 1506
Página 1521:
e das províncias de Macau, Cabo Verde e Timor. Em Setembro último, porém, eram promulgados diversos diplomas
Pág.Página 1521
Página 1527:
aos planos de Cabo Verde, Guiné e Timor, repartição bastante equilibrada entre os recursos internos
Pág.Página 1527
Página 1528:
dos programas de financiamento de cada província, ter-se-á, quanto a Gabo Verde. QUADRO XIII Cabo
Pág.Página 1528
Página 1532:
ao programa de Cabo Verde, que monta a 988 189 contos no sexénio. QUADRO XXI Cabo Verde
Pág.Página 1532
Página 1533:
de conservação de água e do solo (2200 contos) é muito diminuta, pois existem em Cabo Verde gravas problemas
Pág.Página 1533
Página 1535:
mais vultosa do programa de Cabo Verde (385040 contos), com a seguinte distribuição a) Transportes
Pág.Página 1535
Página 1538:
luminosos no horizonte económico de Cabo Verde. É essencial que todos os recursos a empregar
Pág.Página 1538
Página 1540:
agrícola 18 000 86 620 Tal como acontece em Cabo Verde
Pág.Página 1540
Página 1545:
, recordam-se as considerações feitas a propósito de Cabo Verde, que aqui se dão como reproduzidas
Pág.Página 1545
Página 1547:
de empregos, como tentaram Cabo Verde e a Guiné), ficando-se, portanto, pelo enunciado de aspirações generosas
Pág.Página 1547