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1408 ACTAS DA CÂMARA CORPORATIVA N.º 77

Na prática, os números atrás referidos parece terem sido superados, já que os investimentos brutos no comércio terão atingido, em 1963, cerca de 22,5 milhões de contos, com repartição sensivelmente igual por construções (e grandes obras), veículos e outros equipamentos Por sua vez, o financiamento obtido de entidades especializadas (públicas e privadas, entre as quais sociedades de caução mútua que concederam cerca de 17 por cento dos créditos) atingiu naquele mesmo ano cerca de 6 milhões de contos, como segue

Percentagem
A longo prazo (mais de 5 anos) 60
A médio prazo (1 a 5 anos) 40

38. O aumento de investimento previsto para os próximos anos, a necessidade absoluta de reformas de base no comércio nacional com adopção de modernos métodos de gestão e actuação, as novas formas de comerciar (supermercados, livre-serviço, pré-embalagem de produtos, artigos preparados e congelados, cadeias voluntárias, centrais de compra, etc. ), implicam a existência de financiamentos a prazos (médio e longo) compatíveis com a natureza dessas realizações. Conhecidas a falta de acesso da maior parte dos comerciantes ao crédito especializado, a inadequação deste às actividades comerciais, a impossibilidade de levar muito mais além o recurso a autofinanciamento ou a capitais próprios, tudo parece indicar o interesse de permitir às instituições existentes a concessão de créditos ao comércio ou, até, em caso de impossibilidade daquela solução, a criação de entidade para o efeito especificamente designada, sem prejuízo de se estudar a organização de sociedades de caução mútua, que garantam financiamentos aos seus associados, nomeadamente aos mais débeis economicamente.

4) Alguns elementos sobre circuitos de distribuição e sua evolução previsível

39. A distribuição é normalmente definida como o conjunto de operações materiais ou intelectuais englobadas na colocação de um produto a disposição do utilizador ou consumidor finais ou, também, como o conjunto de actividades exercidas entre o momento em que uma mercadoria, na sua forma utilizável, entra no armazém do produtor e o momento em que é entregue ao consumidor.
Fácil se torna verificar que, deste modo, a distribuição engloba operações muito diversas - estudos de mercado, publicidade, embalagem, agrupamento ou fraccionamento, transporte, armazenagem, sortimento ou selecção, expedição, bem como outras - que recaem sobre os diversos intermediários de um circuito de distribuição, em alguns casos até no próprio produtor Daí que a mensuração do custo de distribuição seja sempre muito difícil e deva ser sempre aferida pelos serviços efectivamente prestados, uma distribuição só é menos onerosa se consegue prestar os mesmos serviços com menores custos. Na maior parte dos casos, estes só se verificam porque foram eliminadas algumas fases da distribuição que, obviamente, não presta, então, todos os serviços requeridos pelo consumidor, e não é, pois, comparável. Assim, a simples eliminação de intermediários, hoje tão solicitada, só tem efeitos sobre os custos quando não desempenhem verdadeiras funções de distribuição, onerando então os produtos com a sua (desnecessária) intervenção, mas se se pretende simplesmente eliminar intervenientes, fazendo repercutir sobre outros as suas funções, essenciais ao circuito do produto, então o resultado é muitas vezes contrário, por falta de especialização em tais funções. Pode substituir-se, por exemplo, o grossiitn, mas não se suprimem as suas funções.

40. As subsecções pretendem, apenas, no referir o que atrás ficou escrito, exprimir o pensamento de que a análise dos circuitos de distribuição é bastante complexa, não se podendo partir de ideias preconcebidas e difundidas - pulverização de comerciantes, seu fraco poder económico, dispersão, excesso de intermediários, especulação, etc. Acresce que a distribuição apresenta hoje uma dinamização que afecta os estudos, que, por isso, têm de sofrer uma constante actualização. Resulta tal dinamização, entre outros, dos seguintes motivos,

Crescimento da população, da concentração urbana e do trabalho feminino e ainda da melhoria do nível de vida,
Aumento sensível da produção (produção em massa),
Crescente gama de produtos vendáveis e extensão dos mercados (internos e externos),

que levaram a modificar os sistemas de venda tradicionais e conduziram ao aparecimento de novas entidades comerciais, como supermercados, auto-serviços, cooperativas, empresas integradas, cadeias voluntárias, agrupamentos de compra, grandes armazéns, empresas com sucursais, procurando essencialmente a venda em massa.
Não se duvida que existam deficiências em muitos dos circuitos de distribuição nacionais, como dificuldades recentes vieram provar, mas há absoluta necessidade de os estudar efectivamente e com a brevidade possível. A análise estatística é, para tal efeito, um elemento imprescindível a decisões adequadas e um conhecimento exacto de certos elementos - número de comerciantes o de estabelecimentos, pessoal empregado, investimentos, existências, volume de negócios, valor acrescentado, suficientemente discriminados por grandes sectores e actividades - torna-se absolutamente necessário a previsões com razoável grau de certeza ou um erro mínimo compatível com o que se pretende.
Do preâmbulo do Decreto-Lei n.º 40 925, de 29 de Março de 1966, que promulgou a reorganização do sistema estatístico nacional, respigam-se estes pontos, que corroboram as afirmações das subsecções:

A informação estatística, tanto quanto possível exacta, completa e actualizada, constitui base imprescindível da formulação e execução da política económica e social Os dados estatísticos, pelo conhecimento simultaneamente analítico e sintético que proporcionam da realidade e da evolução económica e social, representam instrumento essencial para o acerto das decisões a tomar tanto pelos órgãos públicos como pelo empresário privado.
Em especial, a elaboração e o acompanhamento de execução dos planos nacionais de fomento tornam ainda mais premente a indispensabilidade de elementos estatísticos adequados acerca da generalidade dos sectores da vida portuguesa.

E não restarão grandes dúvidas de que o sector comercial é dos menos conhecidos estatisticamente dentro da vida nacional. Assim que a referida reorganização tenha previsto uma repartição (2.ª) que se ocupará de estatísticas de distribuição, subdividida em duas secções, ocupando-se uma (6.ª) das estatísticas do comércio externo e outra (7.ª) das estatísticas do comércio interno, trans-

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