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4 DE MARÇO DE 1948 288-(61)

médio industrial para cerca de 320 contos. Nas despesas com diversas escolas houve o aumento de 3:830 contos.
É paradoxal o lacto da diminuição das verbas do ensino agrícola elementar, que gasta apenas 685 contos nas Escolas de Alcobaça e Santo Tirso. Só há duas escolas agrícolas elementares no País.
A questão já foi debatida mais de uma vez nestes pareceres e na verdade merecia que tivesse maior repercussão o facto. Num país que se supõe ser essencialmente agrícola há apenas duas escolas elementares de agricultura.
Parece ser necessário rever completamente a questão da instrução agrícola.
Existem órgãos no Ministério da Economia que poderiam, se convenientemente orientados e em combinação com o que se realizasse pelo Ministério da Educação Nacional, constituir uma rede coordenada, de estabelecimentos valiosos de educação agrícola.
São postos, estações e outras dependências que, tal como funcionam, pouca influência podem exercer na vida agrícola.
Os nossos métodos culturais estão atrasados. É facto reconhecido por todos. E agora, que se procura intensificar a rega e a produção, parece ser de vantagem estudar praticamente um assunto que está na base de todo o progresso agrícola nacional.
Os projectos em curso e o uso de águas subterrâneas em maior escala do que actualmente nunca produzirão os efeitos esperados se não forem modificados profundamente os métodos de cultura.
Ao todo a instrução agrícola custou em 1946 o seguinte:

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As três escolas de regentes agrícolas -de Coimbra, Santarém e Évora- consomem cerca de metade das dotações, o Instituto de Agronomia 42,1 por cento e os restantes 9 por cento vão para as duas escolas práticas de Alcobaça e Santo Tirso.
Há ainda a Escola de Paiã, com o subsídio do Ministério da Educação Nacional (485 contos), inscrito na Secretaria Geral, a que se aludiu atrás.
Estes números, sem mais comentários, revelam a necessidade de uma completa remodelação do ensino agrícola, usando para esse efeito o que pode ser utilizado dos Ministérios da Educação e da Economia.

Ensino liceal

81. Em fins do ano lectivo de 1946-1947 foi reorganizado o ensino liceal, que tantas reformas tem sofrido.
Não é possível por enquanto ajuizar dos efeitos da nova reforma, que parece trazer um aumento de despesa vizinho de meia dúzia de milhares de contos. Se esse aumento se repercutir ria melhoria dos métodos de ensino e se dele resultar maior prática laboratorial, o que parece não ser o caso, nada haverá que dizer sobre o aumento de despesa. Temos sido infelizes com as reformas do passado. O Estado, com a construção de novos liceus, bem dispendiosos alguns deles, procura melhorar as instalações e oferecer meios de ensino profícuo. Mas de nada valerá o esforço financeiro despendido se a qualidade do ensino não se aperfeiçoar. Este é um dos grandes problemas nacionais que há tantos anos esperam resolução.
A despesa em 1946 foi de 21:243 contos, mais cerca de 1:730 contos do que em 1938, sem incluir o suplemento de vencimentos nem o abono de família. O aumento foi pequeno e deu-se quase todo no pessoal, como mostram os números seguintes:

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As verbas de material mantiveram-se em relação a 1945. Mais 241 contos em material e 256 contos em diversos encargos relativamente a 1938 é bem pouco se for considerado que no período de nove anos se abriram diversos liceus novos e naquelas verbas se incluem também as despesas de conservação, além do que é preciso para o ensino experimental.

82. Viu-se o ano passado que o custo dos novos liceus até 31 de Dezembro de 1946 havia sido de 57:705 contos e que as ampliações e arranjos de outros haviam importado em 7:093. Tudo perfaz 64:798 contos e tudo foi pago por empréstimos.
De então para cá não foi inaugurado nenhum novo edifício, motivo por que se mantêm os números dados o ano passado.

Ensino primário

83. Com o ensino primário gastaram-se em 1946 perto de 108:117 contos. Deram-se acréscimos em quase todas as rubricas, mas só numa tiveram relativa importância, como se mostra no seguinte quadro:

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